quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Topless e mensalão, tudo a ver?

Esta nossa pátria amada é mesmo um grande país, grande em tudo, no tamanho, na riqueza, no potencial, no povo, nas coisas boas e más, na inteligência e na asneira.

Tive um acesso de riso, meio amarelo é bem verdade, mas mesmo assim tive que rir. Ao entrar no UOL, ao lado de uma chamada para acompanhar as discussões no Supremo sobre o mensalão, que, diga-se de passagem, anda meio que assumindo um certo aspecto de guerra de egos, se bem que inserida em um importante e fundamental tema, que mais do que político, vejo como ético, para não dizer policial...

Mas voltando ao assunto, meus caros amigos, bem ao lado me deparei com uma enquete “preciosa”, onde era perguntado se você, pobre leitor, era a favor, contra ou indiferente ao topless em público!?!

Nos tempos de hoje cabe uma reflexão: Topless masculino, feminino ou indefinido? Sim, não ria caro amigo, nestes tempos, tudo precisa vir acompanhado de uma explicação, pois os usos e costumes estão mudando e muito.

Bem, como já passei dos 50, e ainda sou hetero, apesar da pressão do governo, imagino que a “pesquisa”, deveria referir-se ao topless feminino, espero, e neste caso, devo responder como um tio muito querido meu o faria: Depende!

Depende do seio, é claro, e se são bonitos não ofendem, mas podem chocar os mais “virtuosos”, ou até irritar algum cirurgião plástico, se naturais forem, mas cabe a pergunta meio sem vergonha:
Mostrar em público para que? Campanha de aleitamento materno? Propaganda de prevenção ao câncer de mama? E mais outros vários motivos nobres. Agora se é só exibicionismo, ainda cabe o segundo por quê?

Bem cada um com seu cada qual, eu preferiria ver em público os seios desnudos de nossa pátria mãe gentil, pois desta forma poderíamos ver e identificar alguns de seus diletos filhos mamando em seus (nossos) generosos e fartos seios, assim como no julgamento do mensalão, de topless...

 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Avatares...

“Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo”!

Frase por demais conhecida e repetida até a exaustão que foi extraída da peça Ricardo III de Shakespeare e atribuída ao até então rei da Inglaterra no final da batalha decisiva da Guerra das Roas.

Em que pese a história não lhe seja muito simpática, tendo o condenado inclusive, ao menos a coragem ou obstinação do infausto rei, nesta batalha final, foi reconhecida.

Mas o ponto não é bem este, lendo até o final, ele fará sentido, espero...

As redes sociais vieram para ficar, e mais que ficar, para determinar comportamentos, para pautar a mídia tradicional, ou seja, botaram poderosos amplificadores nas praças do mundo inteiro, unificaram a língua, moldaram a nova comunicação, que veio definitivamente para ficar, para o bem ou para o mal.

Mas, como subprodutos curiosos, geraram a exposição de “sentimentos sentidos” ou imaginados, ou desejados e até copiados, destravaram línguas, detonaram pudores, criaram um imenso divã de psicanalista.

É um tal de fratura exposta e “curtida”, quando não “compartilhada”, que mesmo a carne viva mostrada, deixa de ser lamento e vira bandeira, slogan de superação, sublimação, e mais todos os demais fartos adjetivos que tentam identificar, quando não saudar, as mais antigas e comezinhas dúvidas e angustias humanas, sob nova embalagem, pois "fakes", em maior ou menor medida, todos nós não deixamos de ser...

Logo estaremos todos nós, “avatares”, vestidos com nossos personagens, e esquecidos disto, amontoados em frente a uma tela de computador, assistindo encantados e perplexos a algum documentário do século passado, sobre alguma coisa que foi banal, com o embevecimento de estarmos assistindo um grande filme de ficção.

Portanto, resgate-se e parafraseie-se Shakespeare:

“Algo real, algo real, minha sanidade por alguma coisa real!”!




 

 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quartos escuros

Sentados em quartos escuros e escutando o som forte da luz esquiva.

Sentados em quartos escuros vendo a força do vento, que levanta e faz girar as cortinas de neblina com cheiro de mato molhado.

Sentados em quartos escuros esperando as janelas se moverem, janelas que nunca se abrem, janelas escuras como o quarto.

Sentados em quartos escuros de costas para portas que nunca existiram.

Sentados em quartos escuros, esperando.

Sentados em quartos escuros.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Meu candidato para 2014!


E lá está ele, firme, tranquilo, sereno, absoluto, o impávido poste. Muito cioso de sua importância, de sua utilidade. Poste que no passado foi tachado de intruso ao atrapalhar a paisagem, obstruir a visão do verde luxuriante e benfazejo.


Pois é, hoje em dia, fora alguns ecologistas e os quase anacrônicos admiradores da natureza urbana, poucos se importariam com a derrubada de uma árvore incômoda, já um poste que seja derrubado por algum acidente, pode deixar ruas e até um bairro sem luz, fone e internet.

No passado recente, ao descrever um político com muito prestigio, dizia-se dele que este seria capaz de eleger até um poste! Uma maldade que os novos tempos se encarregaram de punir. Vejam vocês, um poste é altamente elegível, e desconfio que com mais facilidade que muitos postulantes a algum cargo público.


Um poste é o que é, sua utilidade é indiscutível, ele é absolutamente transparente em seus propósitos, não decepciona ninguém, pois invariavelmente cumpre o que promete, estabelece laços com a comunidade, pois leva luz e outras coisas, possibilita a união entre as pessoas, pois é um indiscutível elo entre ele e outro poste, nunca trai seu parceiro, tem a convicção e a postura de que é parte de uma corrente maior em prol do bem comum de uma rua ou de uma comunidade.


Portanto, cuidado analistas políticos ao afirmar que alguém poderia eleger um poste, pois penso que atualmente é mais fácil um poste eleger algum dos candidatos que estão brotando por baixo das pedras por aí, que o contrário...