segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Meu candidato para 2014!


E lá está ele, firme, tranquilo, sereno, absoluto, o impávido poste. Muito cioso de sua importância, de sua utilidade. Poste que no passado foi tachado de intruso ao atrapalhar a paisagem, obstruir a visão do verde luxuriante e benfazejo.


Pois é, hoje em dia, fora alguns ecologistas e os quase anacrônicos admiradores da natureza urbana, poucos se importariam com a derrubada de uma árvore incômoda, já um poste que seja derrubado por algum acidente, pode deixar ruas e até um bairro sem luz, fone e internet.

No passado recente, ao descrever um político com muito prestigio, dizia-se dele que este seria capaz de eleger até um poste! Uma maldade que os novos tempos se encarregaram de punir. Vejam vocês, um poste é altamente elegível, e desconfio que com mais facilidade que muitos postulantes a algum cargo público.


Um poste é o que é, sua utilidade é indiscutível, ele é absolutamente transparente em seus propósitos, não decepciona ninguém, pois invariavelmente cumpre o que promete, estabelece laços com a comunidade, pois leva luz e outras coisas, possibilita a união entre as pessoas, pois é um indiscutível elo entre ele e outro poste, nunca trai seu parceiro, tem a convicção e a postura de que é parte de uma corrente maior em prol do bem comum de uma rua ou de uma comunidade.


Portanto, cuidado analistas políticos ao afirmar que alguém poderia eleger um poste, pois penso que atualmente é mais fácil um poste eleger algum dos candidatos que estão brotando por baixo das pedras por aí, que o contrário...



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