De só se faz cúmplice, de um se faz dois, de nada se faz tudo, de nuvem se faz chuva, de sonho se faz real.
Às coisas se dá nomes, ao sentir se dá tradução, ao pensar se dá corpo, aos corpos se fazem juntos, de juntos se faz o prazer, do prazer se faz o hábito, do hábito o vício, do vício a entrega, da entrega o amor.
De uma ausência de ninguém, o desejo que arde, a presença que absorve, do verso o anverso que pede, que se de à sede o que saciar, de um só, um cúmplice nesta trama antiga como o mundo, que fez o mundo e que se torna o mundo.
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