sexta-feira, 27 de julho de 2012

Coloristas carregando nas cores...

Relendo Chatô – O Rei do Brasil, de Fernando Morais, pela enésima vez, achei, ou melhor, redescobri este trecho do livro, onde o jornalista e megaempresário de comunicação, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, ao recusar uma indicação para a Academia Brasileira de Letras, diz o seguinte:

“Nós jornalistas, não passamos de índoles descritivas. Somos no máximo coloristas dos fatos, se quiserem, mas nunca, jamais, criaturas de imagens e de ideias.”

Então, de Chateaubriand para cá, o que mudou? A intensidade das cores usadas pelos coloristas? Imagens foram incorporadas por força dos engajamentos políticos e ideias compradas nos fartos balcões de liquidação ideológica e comercial.

Não pretendo, não posso e nem quero emitir juízo de valor sobre a atuação de profissionais da área jornalística que se valem do informar para tentar convencer, cada um com sua consciência e com seu cada qual, o leitor que julgue e separe, se puder e se assim quiser, o que é noticia, reporte dos fatos e o que é opinião isenta ou não.

No mais, segue o barco das ilusões singrando por áreas sempre piscosas...


 

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