Então, primeiro você precisa de tempo, muito tempo, e foco, muito foco. Como? Fácil, arranje um assunto qualquer em qualquer órgão público e vá lá resolver. Bom, primeiro você retira a senha e, logo constata com mórbida satisfação, que você será atendido dentro de cerca de dois meses, a julgar pelo seu número e pelo o que está sendo atendido.
Esta é primeira fase da operação “Segredos do Celular II – O retorno de Jedi”, depois, pegue mantimentos, comida, água, travesseiros, etc., e mude para o local. Uma vez instalado, abra o manual de instruções do aparelho, e abra fazendo barulho, só para deixar o vizinho com ciúmes de seu brinquedinho. Escolha um idioma, menos aramaico antigo ou tcheco dos sudetos, pois os seus dialetos são mais difíceis...
Pronto, comece a apertar botões com ar de inteligência e de quem sabe o que está fazendo, mesmo que luzes e sirenes comecem a acender e tocar, finja que é normal e disfarce. A esta altura você já foi humilhado o suficiente pelas instruções cujo teor, se você conseguir entender, foi redigida por alguém com ódio profundo de quem ousa não ter conhecimentos de mestrado na área. Falta só, ao final das instruções um meigo comentário, assim como, “entendeu pateta?”
Pronto, tudo entendido, já foram identificadas as 2.789 funções revolucionárias do seu celular, inclusive como acionar um guardador de carros, que na ao apertar a tecla 6, do item 18, no final da configuração de ferramentas, do visor da parafuseta, ele salta de dentro do aparelho e começa a sacudir um pano imundo em seu nariz, berrando que é só “deizão, meu patrão”.
Tudo certo? Feliz e realizado? Não, a operadora não funciona e quando o telefone tocou e você não sabia onde nem que tecla tinha que apertar para atender, estas instruções não constavam do manual...
Nenhum comentário:
Postar um comentário