Está sempre ali, oculta, enrodilhada como uma serpente venenosa pronta a dar o bote, sempre nas sombras do subentendido, na espreita das interpretações, disfarçada no elogio, na insegurança da promessa.
O “mas” é a saída fácil do comprometimento, é o comprometimento com ressalvas, é a negação da afirmação, a recusa da entrega, a dúvida que derrota, o limite da vitória.
Por outro lado, é a motivação, diante do inevitável, sempre sinaliza que o fim ainda não chegou, é o remédio contra a soberba, nada é definitivo, é a esperança do desengano, pois sempre que houver um “mas”, haverá uma esperança.
Eu não iria publicar este texto, “mas”...
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