terça-feira, 17 de julho de 2012

As paralelas

O que mata a gente são as paralelas. Não é o caminho difícil e cheio de obstáculos, com vales e montanhas, com buracos e armadilhas, não, este caminho vai de um lugar para outro, tem um fim de caminho, se você conseguir superar tudo, você chega lá.

Não é como escalar um pico altíssimo, com escarpas e desfiladeiros ameaçadores, com ar rarefeito, com um mundo de perigos e desafios embutidos. Se você estiver preparado, tiver sorte, vontade e habilidade, você chega lá.

Mas, as paralelas não, quando a sua vida corre em uma paralela a vida que queria ter, não. Quando as coisas que almeja estão ali do seu lado, não. Quando os amores e conquistas estão ali do seu lado, não. Quando o sucesso grita seu nome e está do seu lado, não.

Não, as paralelas nunca se encontram, tem a mesma velocidade, tem a mesma intensidade, são visíveis, são tangíveis, são muito próximas, mas são inatingíveis, são paralelas, caminhos condenados a não ter fim, a nunca se encontrar.


 

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