quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sou um analfabeto

Certa feita, em tempos idos e nunca “voltados”, rsrsrs, procurei ler sobre o que era poesia. Ora parecia-me uma coisa chata, piegas, mas por vezes me surpreendia, portanto, tentei ler sobre eventuais definições ou significados. Em vão. O mais próximo que consegui foi saber que se tratava de um gênero literário...

Pois bem, depois de ficar imaginando um senhor bem postado, escarrapachado em sua erudição, vestido com o elegante colete de suas certezas, definindo, codificando, rotulando e arquivando toneladas de conceitos abstratos, assim como, penso eu, engarrafando pensamentos ou até colocando suspiros em pastas etiquetadas com apuro e prumo, desisti de entender.

Pois é, sou um analfabeto confesso e conformado, já que na maioria das vezes, creio que sentir não é entender, e nem precisa, pois quando você entende, já passou, já é arquivo.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ver a vida por um vão, nunca é vê-la em vão...

Cheguei a um momento da vida em que acreditei já ter visto muita coisa, claro que não tudo, mas que só faltariam algumas janelas, pequenos vãos, esquinas, uma ou outra porta menor, com segredos menores talvez.

Mas, de repente, de um vão esquecido atrás de uma estante, coberto por uma cristaleira antiga, havia uma janela, não uma janela qualquer, a janela, uma janela que desafiava a física, pois era maior que a parede.

E de um canto de sala, e de um vislumbre inicial desta janela, via-se um campo, bosques, florestas, e naquela hora o canto escuro passou a ser só uma referencia abstrata, o canto da sala antiga era o canto do mundo, e o mundo transformava o canto em centro e a geometria cedia e renunciava prazerosamente aos meus sentimentos.

Nada mais fazia sentido, porque tudo era o sentir, e o sentir é sempre sentido, e o que é sentido, sempre faz sentido...


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Brasil: Piada pronta e de mau gosto?




Por vezes acontecem algumas coisas que fazem com que eu reflita sobre alguns aspectos de nosso país.


Por exemplo: nunca tive a pretensão de que o Brasil fosse sério, assim como Serra Leoa, Libéria, Afeganistão sob ocupação e etc. Sei que ainda estamos longe deste perfil de honestidade e vergonha na cara, e vejam, não falo de Suíça, Suécia, Dinamarca, e outros, que todos sabemos que não existem, estes ditos “países” e suas virtudes, são para nós como Papai Noel, Coelho da Páscoa e coisas assim, pois logo que ficamos adultos percebemos que estas coisas são só vingança da "direita raivosa", que teima em envenenar os nossos virgens e absorventes cérebros sedentos de “sangue e luta”, mote amado por quem derramou pouco sangue e pouco lutou, e hoje em dia exibe orgulhoso (?) cicatrizes feitas com a henna do engodo e relevada pela má e falha memória endêmica que assola estes curiosos trópicos.


Somos consumidores ruins e quase otários, se bem no caso da telefonia celular, principalmente a TIM, que em um país sério, teria seus diretores explicando-se na barra dos tribunais por apropriação indébita, de fato neste aspecto somos completamente otários, e se alguém desta ”ínclita” empresa tiver dúvidas, tenho todos os recibos comigo.


Somos eleitores preguiçosos, despreparados e nem estamos ligando para política, a não ser para tirar fotos e publicar em redes sociais. Tudo bem, eu entendo e não critico, faz parte do hedonismo inerente ao ser humano, só não consigo ver nisto nenhuma plataforma política, a não ser o salto alto das meninas que fazem pose nas fotos.


Somos barulhentos e inconsequentes, o eco de nossa indignação não dura até o final do grito, mudamos de ideia o tempo todo, não por sermos abertos aos novos conceitos, mas porque na maioria das vezes os conceitos são somente slogans atraentes e alguns nem tanto.


Quando leio criticas feitas a militantes que atravessam décadas defendendo suas ideias, me revolto, pois mesmo não concordando com estas ideias, reconheço coerência, profundidade e seriedade.


O novo não é bom porque é novo, o bom, para ser bom, tem que ser bom, novo ou velho.


Pois é, por mais triste que me sinta, desconfio que o nosso Brasil de hoje seja uma piada pronta e de mau gosto...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Um viva aos sumo sacerdotes da asneira!

Olá amigos, depois de algum tempo, e continuando a não cumprir a promessa que fiz de atualizar regularmente o blog, o que é uma prova forte para meus inimigos de que não tenho palavra, ao menos neste particular, rsrsrs, volto a fazê-lo, e sob os auspícios combinados de dois fatores; uma providencial e inadiável ida ao banheiro e as revistas Elle e Vogue.



Devo dizer, e me penitencio por isto, pois não sou muito seletivo em minhas leituras neste sacrossanto aposento da casa, que já li desde bula de Paracetamol até discurso do Aécio Neves, passando por artigos escritos (???????) pelo Lula..., mas tudo bem combinam com o objetivo de lá estar, se bem que os exemplos citados o superaram e em muito...


Bom, mas voltando as ditas publicações supracitadas, que lá estavam com certeza como fruto de alguma vingança tipicamente feminina, resolvi folhear. Pasmo profundo! É claro que nunca tive a pretensão de encontrar nestas revistas alguma coisa mais profunda e com conteúdo, assim como um gibi, do Zé Carioca ou do Pato Donald, ou até, suprema pretensão, da revista da Monica. Sabia que o nível era inferior.


Mas para minha surpresa, foi um terrível engano e uma pavorosa descoberta. Saibam caros amigos e raros leitores, que estas revistas, fazem parte de um complô internacional da extrema esquerda, a mais bovinamente radical, financiada com recursos de uma "grande potencia industrial" de esquerda, a Coréia do Norte, aquela que comprou o Mickey, isto caro amigo, ela mesmo, que de vez em quando ameaça com uma "bombinhazinha" nuclear, só para afastar o tédio de seu líder brincalhão...


Sim, pois estas publicações ou serão provocações, não sei, pregam a imediata revolta e rebelião das massas, desde as massas só com molho de tomate pronto até as com Brie e trufas negras, tal a asneira, ignorância, e analfabetismo dos textos lá publicados, ou seriam cometidos, sei lá.


Futilidade eu entendo, e devo dizer que até gosto de uma certa dose de futilidade e supérfluo, é bom, é gostoso, e se levar a sério e, levar tudo a sério o tempo todo é muito chato, é um saco, é muito bom ter um pouco de frescura e besteira.


Mas, e concluindo, a maioria dos redatores, eu disse redatores?????????????????? Perdão redatores, a maioria dos pacientes em recuperação de lobotomias mal sucedidas que assinam, ou melhor, que marcam com um X as “matérias” lá cometidas, deverão ser responsabilizados perante os tribunais da “grande revolução mundial”, que fatalmente acontecerá em breve se as pessoas de carne e osso, que trabalham, vivem e lutam, lerem aqueles disparates preconceituosos e estúpidos cometidos pelos imbecis que respondem (será?) pelo culto ao exagero ofensivo e agressivo de incensar idiotices.



E não venham me falar em nichos ou em liberdade de expressão, senão serei obrigado a relembrar, para aqueles que ainda sabem ler, da famigerada publicação nazista “Der Sturmer”, que pregava o ódio aos judeus e a burguesia com caricaturas infantis e risíveis, nas décadas de 1920 até 1945, e que em seu inicio foi ridicularizada como asneira rapidamente descartável, e depois a história se encarregou de contar as consequências.


Mas tudo bem, me disseram que a mulherada nem lê os textos, só olham e curtem as fotos relativas à moda. Legal. Deve ser como nos tempos idos, quando a Playboy trazia textos sobre as coelhinhas que ninguém lia, em que pese mentíssemos que só comprávamos a revista pelas reportagens e entrevistas...


Redator da ELLE almoçando...