quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Brasil: Piada pronta e de mau gosto?




Por vezes acontecem algumas coisas que fazem com que eu reflita sobre alguns aspectos de nosso país.


Por exemplo: nunca tive a pretensão de que o Brasil fosse sério, assim como Serra Leoa, Libéria, Afeganistão sob ocupação e etc. Sei que ainda estamos longe deste perfil de honestidade e vergonha na cara, e vejam, não falo de Suíça, Suécia, Dinamarca, e outros, que todos sabemos que não existem, estes ditos “países” e suas virtudes, são para nós como Papai Noel, Coelho da Páscoa e coisas assim, pois logo que ficamos adultos percebemos que estas coisas são só vingança da "direita raivosa", que teima em envenenar os nossos virgens e absorventes cérebros sedentos de “sangue e luta”, mote amado por quem derramou pouco sangue e pouco lutou, e hoje em dia exibe orgulhoso (?) cicatrizes feitas com a henna do engodo e relevada pela má e falha memória endêmica que assola estes curiosos trópicos.


Somos consumidores ruins e quase otários, se bem no caso da telefonia celular, principalmente a TIM, que em um país sério, teria seus diretores explicando-se na barra dos tribunais por apropriação indébita, de fato neste aspecto somos completamente otários, e se alguém desta ”ínclita” empresa tiver dúvidas, tenho todos os recibos comigo.


Somos eleitores preguiçosos, despreparados e nem estamos ligando para política, a não ser para tirar fotos e publicar em redes sociais. Tudo bem, eu entendo e não critico, faz parte do hedonismo inerente ao ser humano, só não consigo ver nisto nenhuma plataforma política, a não ser o salto alto das meninas que fazem pose nas fotos.


Somos barulhentos e inconsequentes, o eco de nossa indignação não dura até o final do grito, mudamos de ideia o tempo todo, não por sermos abertos aos novos conceitos, mas porque na maioria das vezes os conceitos são somente slogans atraentes e alguns nem tanto.


Quando leio criticas feitas a militantes que atravessam décadas defendendo suas ideias, me revolto, pois mesmo não concordando com estas ideias, reconheço coerência, profundidade e seriedade.


O novo não é bom porque é novo, o bom, para ser bom, tem que ser bom, novo ou velho.


Pois é, por mais triste que me sinta, desconfio que o nosso Brasil de hoje seja uma piada pronta e de mau gosto...

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