domingo, 28 de dezembro de 2014

DOS VENTOS

Éolo era o Deus dos ventos na mitologia grega, pois Zeus o havia presenteado com o controle absoluto sobre eles.

No entanto Zeus o alertou para que tomasse muito cuidado e que nunca os cedesse gratuita ou irresponsavelmente a ninguém. 

Pois bem, ao ser visitado pelo herói e semideus grego Ulisses na ilha onde morava, movido pela admiração deu a Ulisses um vento brando e uma sacola com todos os ventos.

A sacola foi relegada a um canto da embarcação e aberta pela tripulação que julgou que esta continha ouro, liberando assim os ventos, o que gerou a expressão de “quem semeia ventos, colhe tempestades”.

E depois disto nunca mais ninguém soube onde se escondem os ventos e o que os gera. Alguns dizem que se ocultam nas quatro esquinas de um mundo antigo que só existe na memória dos que sonham, mas é só uma especulação.

Talvez por isso vivamos até hoje sempre ao sabor e humor dos ventos, reais ou metafóricos.



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

UMA INTERPRETAÇÃO CANHESTRA DA MITOLOGIA GREGA

Quando Zeus, em sua sabedoria temperada com hidromel e regada a vinho, criou Pandora, não podia saber o que fizera.

A primeira mulher criada, Zeus deu-lhe o que ficou conhecido como a Caixa de Pandora, que continha todos os males do mundo.

Metáforas a parte, ela abriu a caixa e os males escaparam, menos um, a Esperança.

A Esperança gerou filhos que mudaram o mundo, para melhor e para pior, mas os piores deles foram à expectativa e a confiança. Estes gêmeos deram ao pobre homem, pretensioso e arrogante, a bebida dos deuses e os embriagaram.

Mas a confiança também gerou um filho da mesma cepa, mais dissimulado, mas muito letal, e a ele chamou de decepção.

O ou a decepção, não é agressivo e nem cobra como a expectativa, muito pelo contrário se esconde atrás da mãe, a confiança, que encobre sua natureza letal.

É um fruto que se alimenta da sede do homem, brigando pela água da vida, e suas raízes são maiores, mais fortes e implacáveis.

Pandora, curiosa, inconsequente e frívola, criou, não com o que liberou, mas com o que reteve talvez um dos, senão o maior mal do mundo, pois não fere a carne, fere a alma.   



terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo!

Mais um ano se vai, a cronologia exerce seu direito cruel. Novas esperanças furtadas dos vãos corroídos e furtivos da Caixa de Pandora? Pode ser. Mas no fundo é só uma referencia, com ou sem reverencia...

Lembrança de que somos finitos, que temos data para acabar? Não, não creio, estas análises pseudo-intelectuais são só liberdades literárias ou frutos passados de expectativas não realizadas, ninguém se sente finito, somos infinitos na vontade ou na falta dela.

Bons ou maus anos, todos tivemos, temos e teremos, mudamos com isto? Sim e não, somos duais ou bipolares, que talvez seja a mesma coisa em contextos diversos.

Os anos que passam pesam, mas de formas diferentes, sejam como bigornas ávidas e pesadas, sejam como moendas brandas e preguiçosas, mas passam. Ninguém se livra da ditadura do tempo.

Mas apesar, ou porque, ou por nada, como queiram, desejo uma ótima passagem de ano, com uma festa de Natal adoçando este período, afinal, somos parceiros, voluntários ou involuntários nesta jornada de calmarias e tempestades, seja temendo o horizonte sombrio, seja apreciando o por do sol em águas claras.

Feliz Natal e boa passagem de ano!




sexta-feira, 21 de novembro de 2014


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HORIZONTE

Neste planeta redondo, cheio de retas infinitas, o que nos trai? A simples ilusão de ótica, a miopia ancestral que busca o fim da jornada, quando o fim absoluto é só o inicio, ou a vontade e necessidade de seguir em frente?

Quando o mundo era entendido como plano, foi provado que estávamos errados, e quando deixou de sê-lo, nos tornamos errantes?

Neste mundo redondo, todo o inicio é igual ao fim, devemos correr atrás dos 360 graus?

Devemos viver com os olhos em qual horizonte? O da lógica cartesiana ou o da fantasia, onde é possível aplainar as curvas, abrir caminhos e tornar a vida e o mundo numa imensa e infinita reta de milhares de horizontes, tantos quantos nosso olhar alcança e o nosso coração anseia?

Que a lógica seja uma escrava obediente e que a fantasia seja uma generosa, e até um pouco míope, senhora das retas, curvas e caminhos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

QUANDO

Quando, e quando quiser, e se quando puder, e se quando for agora, e se quando já passou, tudo muda, tudo faz sentido, mesmo que o sentido não seja percebido e nos pareça não fazer sentido.

Tudo começa com um pequeno desconforto, nada de importante, mas a gente o deixa crescer, é semente do quando e como, simbiose sutil e avassaladora, que brota nas raízes das certezas, não é visível aos olhos do mesmo, do comum, do padrão.

A revolta com alvo é óbvia, tem razões, tem inicio, dela se espera um fim, mas a espera do quando não é um processo, é o que é, e foge das nossas definições escorregadias como uma enguia metafórica, real como a impossibilidade de domá-la em meio ao rio rápido em que corre o braço da vida.



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terça-feira, 20 de maio de 2014

Tristeza

A tristeza não é um vento forte, que a tudo derruba, isto pode ser só uma decepção passageira.

Não é um vento morno de verão e nem um vento gelado de inverno, pois eles são facilmente perceptíveis.

Não é o vento de outono que desfolha árvores e tinge a terra com um tapete castanho.

A tristeza se assemelha mais a um suave vento de primavera, que não choca de inicio, mas se infiltra, mascarado pelo perfume das flores, e toma você. Preenche e determina seu espírito, te muda, te redefine e de repente, sem saber quando e nem por que, você está triste.

O duro é esperar a próxima primavera para contrapor este sentimento.



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Caminhos

Caminhos rudes, trilhas traçadas, riscadas no chão do implacável hábito, estrada sem fim, fim de jornada.

Pés cansados e céticos teimam ver os caminhos como iguais, buracos diferentes, curvas diversas, mas o mesmo chão duro e indiferente, os mesmos pés, o mesmo caminho, na mesma estrada sem fim.

No fim, todos os caminhos são só cicatrizes da terra que seguimos, com vontade ou sem, com esperança ou sem, mas seguimos o mesmo caminho sem fim, buscando o que já esquecemos o que era, é a busca pela busca.

Não me perguntem por quê? Pois só saberia dizer que caminhar é preciso, viver é a circunstancia do caminhar e do caminho. Uma espécie de Nau Catrineta sem mar, como filhos bastardos de Jorge Albuquerque Coelho, ressuscitados pela mão de Ariano Suassuna.

Só errantes sem rumo e cheios de tentações que não compreendemos.



domingo, 23 de março de 2014

A esperança no lixo

Considero-me uma pessoa calma e tranquila, já vi muito na vida, já fiz muitas coisas, portanto não me sinto um adolescente traído, mesmo que tenha agido como tal, mas passada esta fase, é hora de reagir e questionar.

E sem esta de “nada pessoal”, pois se o voto é pessoal, me sinto sacaneado pessoalmente, portanto é pessoal sim! E arroubos histéricos e mal educados não me assustam!

Não peço e nem quero favor, eu exijo o que tenho direito de ter. E não serão estes apaniguados de rasa moral que vão me ensinar a como agir e me comportar.

O ditador, mesmo sem estatura para tal, se alimenta da falta de critica, de cobrança, da falta de espelho. Podem até nem serem maus, mas são fracos e cedem facilmente à lisonja, falta-lhes formação mais sólida, falta-lhes vocação.

Nem falarei em espírito público, pois isto me parece uma frase de ficção vitoriana romântica, falo em respeito, não por caráter e nem por vergonha, mas ao menos por conveniência política.


Não consigo entender como alguém joga no lixo tanta esperança...


segunda-feira, 10 de março de 2014

Véus, cortinas e nuances

É estranho, mas as coisas que mais doem são aquelas que só permitem as silhuetas entrevistas pelas frestas das cortinas puídas pelo tempo de esperanças incertas.

Curioso, mas véus sempre mostram mais que fotos coloridas gritando o sol que as tinge de cores óbvias, véus disfarçam a farsa, a tragédia e a comédia humana, enquanto sombras indistintas dançam sua música insana de compasso dúbio, iluminadas pelas poucas luzes que fingem não existir mais, mas que ainda teimam em brilhar.

Nada é totalmente claro ou escuro, bom ou mal, certo ou errado, definitivo ou indefinido, são só as irônicas nuances de trilhas errantes rumo a algum lugar qualquer, numa hora qualquer, num tempo que pode ser ontem ou amanhã, pois o hoje é só uma transição.

Da vida só uma certeza, a de que não existem certezas.


domingo, 2 de março de 2014

Viva o fabuloso e maravilhoso país da bunda!

Assisti, devo dizer que por descuido, um programa no sinal aberto, onde um grupo de pessoas discutiam detalhes dos desfiles de carnaval como se fosse uma espécie de ciência profunda, recheada de tiradas “filosóficas de almanaque ruim”, com o duvidoso direito de teorizar sobre pretensos simbolismos em meio ao surrealismo anárquico e quase analfabeto (para não dizer absolutamente analfabeto) que caracteriza estes desfiles.

Mesas redondas sobre futebol também tem esta mesma pretensão e característica e a exercem, e pior, o ano inteiro.

Ora meus amigos, como levar este país a sério, como reclamar de nossos representantes, do governo, eles nos representam sim e quase fielmente enquanto povo e valores que cultivamos.

A audiência e o farto patrocínio comercial, de produtos que consumimos, destes programas o atesta, e depois reclamam como párocos vitorianos de uma inocente bunda numa camiseta, somos o país da bunda, com todos os significados que queiramos dar a esta afirmação!

Nada contra o carnaval, eu até gostava, mas quando era só uma festa irresponsável e não uma manifestação “séria” de brasilidade e cidadania...

Ah, e este ano ele será o mais longo de todos os tempos, pois logo vem a Copa do Mundo e todos vão ver, eu inclusive, os que protestarem, com razão ou não, serão ignorados e execrados, e logo depois desta “festa”, virá a apoteose, as eleições, ponto alto desta tragicomédia contínua do país da bunda, com todos nós de fantasia esfarrapada correndo atrás dos caminhões de som. 

PS. Quem se choca com a bunda da camiseta, que mande fazer uma com o que goste. Cada um no seu cada qual, deixemos a hipocrisia para os pronunciamentos oficiais e para o STF...



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Eu tenho medo sim!

Uma boa parte das pessoas diz não sentirem medo. Bobagem. Eu por várias vezes disse não ter medo. Bobagem maior. Todos temos medo, é tão inerente ao ser humano como fome, frio, calor e tantos outros.

O medo não é necessariamente consciente, não é tão palpável como a fome ou o frio, mas ele é parte indivisível do animal, ser humano ou não. É a ameaça, é o redutor comum, é a base, é a síntese.

É a luz mortiça, é a ânsia e o terror do raio de sol, é o rosto do estúpido entupido de crenças, é o último resto de humanidade, é a sobrevivência, é o mergulho final.

Eu tenho medo, aliás, eu tenho vários medos, e agradeço por isto, afinal a medo exige prudência e precede providencias.

Mas meu maior medo, não é o medo selvagem, escancarado, de boca aberta cheia de dentes afiados. Meu maior medo é o da convicção cega, messiânica, entupida de certezas, grávida de filhos gerados ao relento do não pensar, frutos das relações das noites sem Lua, Sol do oposto, negação, desprovidos de sentimento, não sentem, carecem de sentido, filhos paridos nas sombras da intolerância.

Disto eu tenho medo, muito medo, um medo quase paralisante.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Não somos engraçados, nem pitorescos, acho que somos só patéticos, infelizmente...

A nossa Foz é tão pitoresca, para não falar patética, que conseguimos resgatar discussões que remetem à baixa idade média, onde os feudos determinavam a administração das terras e seus camponeses.


Minha querida Foz do Iguaçu consegue despertar em mim, os mais variados sentimentos, que vão do riso fácil, até a mais absoluta perplexidade, passando pela inevitável vergonha , até chegar exausto e deprimido até conclusão de que não nos levamos a sério.


No fundo mesmo, somos uma “Stand Up Comedy”, e sem muita graça...


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O samba do criolo doido...Ops, o samba da Foz doida...

Prometi atualização diária e ontem falhei. Mea culpa, lamento e peço desculpas, se bem que não precisam me xingar inbox...

Assunto não faltou, dentre os muitos que esta cidade “criativa” gerou, está o samba enredo que nos “homenageia”...”

Bom, comecemos do inicio; tirante a licença duvidosamente poética de “cachoeiras e cascatas”, o resto é uma triste verdade. Se deve ser divulgada ou não, é outra discussão, eu penso que não, pois mazelas até Berna na Suíça tem.

A outra questão foi a de quanto custou, parece que ficou esclarecido que em nada afetará os nossos cofres públicos, aliás, nem tão cofres e nem tão públicos...

Bom, mas isto dá o direito a nos ofender? “Que atire a primeira pedra quem não tem pecado”! Pois é, mas me sinto ofendido, pois já que é assim, devo esperar que no samba que homenageará São Paulo nos seus 500 anos, teremos um tiroteio público com todos os foliões armados para que a homenagem seja mais fiel?

Meus caros amigos e creio e espero os bem intencionados autores do samba enredo sobre Foz, tenham bom senso, por favor, o carnaval é uma festa, ou deveria ser, não um tratado de sociologia, tampouco uma válvula de escape para excesso de testosterona de nossos impávidos paladinos, rsrsrsr


“PS: Quanto aos versos sobre muamba e afins, sugiro ao bem intencionado amigo Alexandre Freire, desculpe a pretensão, mas vá lá”:


1. Peça que os alterem e terão a gratidão eterna de Foz.


2. Faça um protesto educado, como é de seu estilo.

3. E se nada der certo, processe-os... (Tenho certeza que nunca precisaremos chegar a isto)



Temos estes dois lados, qual é o real???

Este?



Ou este?


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Quem é o dono da cultura brasileira???

Não existe cultura boa e cultura ruim, cultura é cultura. Não sinto necessidade de assistir uma mocinha com ar professoral, ornada com óculos cenográficos e sentada no alto de uma pilha de preconceitos traduzidos em livros dos “explicadores”, dos “tradutores” deitando cátedra sobre o que é a nossa cultura.

Cultura não precisa, aliás, deve detestar adjetivos e ignorar definições, pois é uma manifestação espontânea, seja esteticamente boa ou não, dependendo de quem a vê, ou participa, gosta ou desgosta.

Não precisa de tutores pálidos fugidos dos cantos escuros das bibliotecas, que disfarçam a falta de erudição, com "verdades absolutas'", ou então, o que é mais comum, os eternos assalariados dos governos de plantão.

Este nazismo mal disfarçado nos canais oficiais está matando a manifestação cultural de nosso povo.

Este julgamento estético só interessa ao governo da vez e as elites, que curtem os “fakes” estilizados que podem ser exportados, e neste nefasto período pré-copa do mundo, a prática tem se tornado uma odiosa constante.




 

Sexta cinzenta com cara de segunda e gosto de sábado...

Então amigos, chegamos à sexta-feira, cinza, indecisa e com medo de abrir-se e voltar a virar a aquele calor insuportável. Mas tudo bem, nada melhor que uma sexta indefinida do que uma quinta-feira raivosa...

E vem a velha pergunta: Mudou algo sobre o que escrevi ontem? Sim e não, sim porque o Grêmio bateu no Nacional em Montevidéu, não, falando sério agora, porque me parece que a confusão aumentou.

Cada vez que me deparo com estas coisas publicamente incompreensíveis em política, lembro-me de um grande e aposentado homem do ramo. Certa vez, enquanto, bem mais novo, tentava analisar o que estava por trás de algumas jogadas que me desconcertavam, e sobre elas teorizava abundante e sofregamente, ele me disse: “Calma Guri, na maioria das vezes é só sorte e nas outras são só cagadas que deram certo e, sabe Deus por quê?”

Pois é, na época fiquei frustrado e julguei a sabedoria da frase como sendo prepotência e leitura míope. Hoje, morro de vergonha de ter pensado isto, e agradeço a Deus por não tê-lo refutado com meu arsenal de livros, teses, panfletos, todos regados pelo fogo da minha tenra juventude.

A cada dia, acho que ele estava mais certo.

Mas, mesmo assim meus caros amigos e leitores, sempre vale o “Thank God it’s Friday!", mesmo cinzento, pois afinal amanhã é sábado...





quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

"Polícia é polícia e bandido é bandido!" ou, "Situação é situação e oposição é oposição!", o resto tem cheiro de chuncho!

No passado, hoje cada vez mais remoto, foi atribuída uma frase ao então famoso criminoso, Lucio Flávio. Discute-se se de fato ele disse ou não, ou se foi uma licença poética da imprensa da época. Mas não importa, o importante é a frase que rezava o seguinte” Polícia é polícia e bandido é bandido”!

Sabemos que não é tão óbvio assim, mas não perdeu, a meu juízo, seu caráter emblemático. E me permito a parafraseá-lo, afirmando, que “Situação é situação e que oposição é oposição, e fim”!

Pode-se atribuir a oposição o adjetivo que quiser, como, raivosa, leniente, selvagem, cega, oportunista, e mais um milhão de tantos outros, mas não entendo como se pode mexer na definição básica!

Imagino que mesmo na dita e calma civilizada Islândia, em alguma cidade perdida no fim de um mundo gelado, deva ter algum tipo de oposição, que pode ser contra o horário de fechamento dos bares, ou contra alguma lei que discrimine os “arenques roxos”, sei lá, mas deve ter, pois é assim que funciona desde que o mundo é mundo.

Quando vejo alguns membros nossa valorosa Câmara de Vereadores pagarem micos dignos de rasgar atas, e depois na contagem oficial, só registram dois vereadores como sendo de oposição, lembro-me do Lúcio Flávio...

Afinal, a quem se quer enganar e por quê? E buscando socorro em Nelson Rodrigues, lembro uma de suas grandes frases, a de que “toda a unanimidade é burra”, mas vou mais além dizendo que ou é burra ou tem cheiro de chuncho...

Só gostaria de saber quem é situação e quem é oposição, não é por nada não, é só para a gente tentar entender, só curiosidade besta de um eleitor chato e meio burrinho...


"Como ansim, mi ixprica milhó que eu sô lerdinho"...




Falta vergonha, falta trabalho e falta respeito!

Tudo fica para amanhã, para depois te ligo. Coisas como “ontem mesmo estava vendo isto”, ou, “está tudo em compasso de espera”, fora pérolas como “estamos analisando”, “tão logo tenhamos uma posição, te ligamos”. Só tenho um recado curto e grosso, perdão amigos, mas é: “Ou C* ou sai da moita!”

Vão tratar de trabalhar ou ao menos fingir que estão trabalhando! Neste país surrealista e safado, com eleições a cada dois anos, a festa é permanente, o cidadão (cidadão???) assume de olhos postos na próxima eleição, e nós jumentos vamos comendo o capim ruim que nos servem!

É o país, a cidade e o município do “amanhã”, mas não quanto ao planejamento, o futuro, a esperança e sim quanto ao empurrar com a barriga cheia!

A pior forma de corrupção, a mais danosa, a mais cara é a incompetência somada ao despreparo e descaso!

Putz, perdão pelo desabafo, mas CANSEI!

PS: Vou reativar o meu blog, que passou dos 40 mil no pouco tempo em que foi atualizado, menos de 9 meses, o que significa que mais gente, além de mim, já encheu o saco desta enrolação! O blog volta amanhã e será atualizado diariamente e aceito sugestões e opiniões, sem censura e nem comprometimento com qualquer cor partidária (arghhh)!





terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Às vezes...

Às vezes somos inundados por uma onde irresistível de felicidade, de bem estar, de plenitude, de sucesso. Mas só às vezes.

Às vezes o mundo parece nos virar a cara, nada dá certo, nada funciona, nada adianta. Mas só às vezes.

Às vezes nos sentimos flutuando entre coisas e sentimentos, entre mundos e fundos, sem pé, sem âncora, sem porto. Soltos mas perdidos. Mas só às vezes.

Às vezes somos nós com o terrível desejo de sermos outros, o espelho mente para a vontade delirante. Mas só às vezes.

Mas na maioria das vezes somos o que podemos ser o que nós nos tornamos ou nos fizeram ser. A sorte é que esta realidade também só pode ser percebida às vezes.

Pois é, mas nada que uma boa dose de Jack Daniel's, dados rolando e um cigarro fumado até o filtro, na cara escura da noite, não cure, mas nem sempre, só às vezes...






 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Destino??

Nada é mais frágil que a lógica, nada é tão superficial que as profundas convicções, pois somos folhas ao vento, que a primeira brisa nos soltamos. Que certeza maior pode haver do que ser parte de uma sólida árvore?

Ninguém fala em destino a não ser após o fato consumado, pois antes ou é esperança ou medo.

Penso que somos maiores do que pensamos que somos e menores do que queríamos ser.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Banda ruim, repertório ruim e nós os contratamos, de quem é a culpa?

Eu não sei se o brasileiro é pacifico ou conformado, ou até, quem sabe, covarde, talvez egoísta, não sei se por caráter ou por cultura, só sei que nos acostumamos com o insuportável, com o impensável, talvez sejamos avestruzes que enterram a cabeça em terreno árido.

Aceitamos tudo, com tímidas reclamações e depois renovamos nossas esperanças, que de esperança não tem nada, é puro descaso temperado com conformismo.

Tenho a terrível e triste convicção que 2014 não será diferente. Não é que não saibamos votar, não, o que temos é preguiça e visão curta e pontual, nosso futuro é visto como amanhã ou no máximo semana que vem.

Aprovamos e elegemos os músicos e depois reclamamos do ritmo e do repertório...