A primeira mulher criada, Zeus deu-lhe o que ficou conhecido
como a Caixa de Pandora, que continha todos os males do mundo.
Metáforas a parte, ela abriu a caixa e os males escaparam,
menos um, a Esperança.
A Esperança gerou filhos que mudaram o mundo, para melhor e
para pior, mas os piores deles foram à expectativa e a confiança. Estes gêmeos
deram ao pobre homem, pretensioso e arrogante, a bebida dos deuses e os embriagaram.
Mas a confiança também gerou um filho da mesma cepa, mais
dissimulado, mas muito letal, e a ele chamou de decepção.
O ou a decepção, não é agressivo e nem cobra como a
expectativa, muito pelo contrário se esconde atrás da mãe, a confiança, que
encobre sua natureza letal.
É um fruto que se alimenta da sede do homem, brigando pela
água da vida, e suas raízes são maiores, mais fortes e implacáveis.
Pandora, curiosa, inconsequente e frívola, criou, não com o
que liberou, mas com o que reteve talvez um dos, senão o maior mal do mundo,
pois não fere a carne, fere a alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário