Para a França, seu berço, a revolução foi sangrenta e confusa, o terror imperou e as lutas intestinas entre as facções pela supremacia do novo regime acabaram por ironicamente criar as condições para o surgimento de um novo tipo de absolutismo, encarnado na figura de Napoleão Bonaparte.
O velho regime caia de podre, carcomido pelos seus próprios vícios, e o vácuo criado pela confusão que se seguiu, ainda é objeto de discussão e teses de historiadores hoje em dia, sem que haja um consenso sobre o real curso do processo.
Mas em um aspecto existe uma unanimidade, o mundo nunca mais foi o mesmo depois que a chamada plebe, a turba indignada, passou dos resmungos para a ação, e as elites perceberam que mais do que gado a ser tangido e explorado, o chamado populacho era algo a ser analisado e temido nas equações de poder, afinal a cabeça do marquês de Taunay, governador da prisão do estado, exibida pelas ruas como um estandarte macabro, não foi esquecida por muito tempo.
Muitas “Bastilhas” caíram depois, muitas ainda vão cair, mas tudo começou há 223 anos nos então arredores de Paris.
Parabéns aos franceses pelo seu feriado maior e grato pelo legado!
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