sábado, 14 de julho de 2012

Gordos e magros, antes e depois...

Vejam só como são as coisas, os tempos mudam, as cabeças mudam, os modelos mudam e a gente segue a caminhada. Antigamente era um mau sinal ser magro. As mulheres magras eram vistas como nervosas, feias, intolerantes, azedas, quando não maléficas até. Alguma vez você viu alguma ilustração de livro antigo retratando uma feiticeira gordinha?

Pois é, era assim naquela época, as mais fornidas, mais bem aquinhoadas de carnes, vamos dizer assim, eram associadas à beleza sensual, à vocação para a maternidade, à placidez e ao bem viver. Ainda hoje, em algumas culturas, esta visão sobrevive.

Já os homens, da mesma forma. Os magros em excesso não eram bem vistos, pois não eram prósperos, não se alimentavam, logo não tinham recursos. Como confiar em alguém que não tinha recursos para comer? Lembrem-se que os débitos e créditos mais elementares, eram atribuídos aos desígnios divinos, portanto, num raciocínio tortuoso, mas comum na época, Deus não os via com bons olhos.

Ah, e tinha ainda, aliás, tem um pouco ainda, a visão folclórica de que os gordos são alegres, de bom caráter e incapazes de uma maldade, como se o excesso de carnes fosse um antidoto intrínseco contra maus pensamentos e atitudes... 

Pois é, agora tudo mudou. Magros são ativos, produtivos, centrados, controlados, confiáveis, bonitos, ícones e etc., mais um caminhão cheio de adjetivos idiotas com que a mídia superlativa nos brinda diariamente. Já gordos são preguiçosos, mal amados, só são úteis nas propagandas de “antes e depois” e olhe lá. 

É, os tempos mudam, as cabeças mudam, os modelos mudam e a estupidez humana continua igualzinha...





Um comentário:

Anônimo disse...

Qual estupidez? A gorda ou a magra?