sexta-feira, 21 de novembro de 2014


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HORIZONTE

Neste planeta redondo, cheio de retas infinitas, o que nos trai? A simples ilusão de ótica, a miopia ancestral que busca o fim da jornada, quando o fim absoluto é só o inicio, ou a vontade e necessidade de seguir em frente?

Quando o mundo era entendido como plano, foi provado que estávamos errados, e quando deixou de sê-lo, nos tornamos errantes?

Neste mundo redondo, todo o inicio é igual ao fim, devemos correr atrás dos 360 graus?

Devemos viver com os olhos em qual horizonte? O da lógica cartesiana ou o da fantasia, onde é possível aplainar as curvas, abrir caminhos e tornar a vida e o mundo numa imensa e infinita reta de milhares de horizontes, tantos quantos nosso olhar alcança e o nosso coração anseia?

Que a lógica seja uma escrava obediente e que a fantasia seja uma generosa, e até um pouco míope, senhora das retas, curvas e caminhos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

QUANDO

Quando, e quando quiser, e se quando puder, e se quando for agora, e se quando já passou, tudo muda, tudo faz sentido, mesmo que o sentido não seja percebido e nos pareça não fazer sentido.

Tudo começa com um pequeno desconforto, nada de importante, mas a gente o deixa crescer, é semente do quando e como, simbiose sutil e avassaladora, que brota nas raízes das certezas, não é visível aos olhos do mesmo, do comum, do padrão.

A revolta com alvo é óbvia, tem razões, tem inicio, dela se espera um fim, mas a espera do quando não é um processo, é o que é, e foge das nossas definições escorregadias como uma enguia metafórica, real como a impossibilidade de domá-la em meio ao rio rápido em que corre o braço da vida.



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