quinta-feira, 21 de março de 2013

De volta!

Pois bem meus caros amigos, depois de um longo “recesso”, volto a “cometer” meus pitacos. Tem muito assunto para falar e pouca vontade e disposição de fazê-lo, como por exemplo, o novo Papa, um argentino.

Bom, vamos sacudir as teias da preguiça do cérebro e tentar pensar alto sobre este Papa. Não o conhecia, nunca havia lido nada, ao menos com maiores detalhes, sobre ele e sua trajetória, no entanto me chama a atenção duas coisas, que seriam três se contar a sua nacionalidade e o fato de finalmente o colégio de cardeais descobrir a América Latina, não só como destino de viagens triunfais e reserva de fiéis, como tinha sido até agora.

É sabido que a Europa, em seus países mais adiantados, a religião de um modo geral e a católica em particular, vem perdendo espaço e importância, portanto escolher dentre nós principal liderança da Igreja Católica, pode ser um sinal bem interessante.

Por isso, prefiro ressaltar a dúbia e controversa relação entre o clero e os regimes autoritários que assolaram a nossa região por um bom tempo, tempo demais. Mas é difícil falar em clero, pois esta generalização colocaria no mesmo saco duas posturas diferentes, ou seja, não só nas bases, como até algumas lideranças expressivas, sempre houve uma divisão muito clara entre os progressistas, que se alinharam contra o arbítrio e aqueles que conviveram confortavelmente com estes regimes. Resta saber de que lado do muro estava o novo Papa, ou se estava em cima dele.

O outro aspecto é o fato dele ser um jesuíta, uma ordem de muito prestigio e influencia politica, bem maior no passado do que agora, mas mesmo assim, através da excelência de suas escolas e a força da ordem, ainda é uma potencia politica respeitável, no entanto jamais havia sido escolhido um Papa dentre seus membros. Uma casualidade ou uma decisão pensada? Foi o homem, um latino-americano ou a ordem distinguida com a honraria, ou as duas coisas? 

Bem, isto só tempo dirá. Por ora só fica espera positiva de que ele terá a força e competência para estar à frente de uma necessária e urgente nova postura da Igreja Católica para manter seu rebanho diante dos desafios bem mais complexos que um mundo absolutamente integrado determina, do que em outros tempos, onde somente parecia bastar a presença de um símbolo.




Nenhum comentário: