Tem horas em que a realidade escorre pelos dedos, nem adianta tentar segurar. E não escorre como água, escorre como areia que lixa e marca as mãos.
Tentar segurar este fluxo é como secar um mar, não sei se é impotência assumida ou conformismo, mas dói ver o fluxo seguir sem controle.
Os limites entre realidade, sonho, devaneio, vontades, delírios, que no fundo, ou nem tanto, são só sinônimos, não é claro e nem poderia, pois fantasias e sonhos são rascunhos de realidades ainda não vividas, talvez impossíveis, talvez difíceis, talvez prováveis.
Viver é um exercício de resistência e fé no imponderável.
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