sábado, 23 de fevereiro de 2013

A gente se acostuma até com injeção na testa...

É incrível como o ser humano se acostuma com tudo, com o que é bom e com o que é ruim, deve ser esta a explicação para ascensão e manutenção de ditaduras e demagogos, tão comuns ao longo de nossa história. Somos uma argila muito fácil de ser moldada, até por mãos não muito hábeis.

Mas, dentro desta linha, e numa área bem mais leve e quase desimportante, temos a propaganda, ou melhor, os anúncios, ou comerciais ou o nome que se dê para a prática de divulgar algo ou alguma coisa, até o limite da saturação e não poucas vezes passando dele.

Lembro-me, vejam só minha idade, rsrsrs, quando lançaram a primeira rádio FM em Porto Alegre, onde morava. Um dos principais argumentos de divulgação da novidade era a ausência de comerciais, tendo uma programação voltada para o entretenimento sem os “compre”, “tenha”, “faça”, "não perca" e todos estes “meigos” imperativos com que nos bombardeiam hoje, penso que quem “inventou” este tipo de linguagem agressiva, ou era um autoritário patológico ou um frustrado que sofreu “bullying" na infância...

Vejam vocês, a mesma coisa aconteceu com os canais a cabo, hoje no mesmo regime dos canais abertos, com um agravante, neles você, através da assinatura, paga ver comerciais, e agora o último reduto foi conquistado pelos “hunos da publicidade”, a internet. É impossível abrir um site de algum prestigio e não ter que esperar alguns segundos, ou mais dependendo de seu equipamento, até que "abram" todas as “maravilhas” que nos estão oferecendo, ou impondo.

Penso que o próximo passo seja inserir comerciais dentro das igrejas e templos, onde um padre ou um pastor em meio a sua fala faça algum tipo de merchandising, se bem que acho que não o fazem porque só ter um templo ou igreja já é lucrativo o suficiente, e outro reduto a ser atacado pode ser o dos discursos de políticos, onde farão o seu teatro de sempre “sob os auspícios” do produto tal e etc., e neste até que seria um serviço de utilidade pública, pois saberíamos quem os está financiando...

É, até injeção na testa pode virar hábito rotineiro e bem tolerável...


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