segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um projeto de poder: O ovo da serpente

Pois bem, sempre busquei ser relativamente moderado na questão política, se não consegui, não foi por falta de intenção neste sentido, mas agora decidi falar o que tenho pensado.

No entanto, ultimamente sinto cada vez mais forte um cheiro ruim que nenhum “perfume democrático” está conseguindo disfarçar, é um odor desagradável de “República Bolivariana do Brasil”, que mistura ações louváveis e avanços importantes com absurdos políticos, corrupção endêmica e tudo sob uma sombra ruim de totalitarismo maquiado pelas alianças espúrias, fisiológicas e oportunistas, que se infiltram como água entre pedras soltas, na nossa sociedade e nos poderes constituídos.

Quem se interessa por história, como eu, e leu sobre a ascensão do nazi-fascismo, sabe que na época o fenômeno não era nada execrável, como o é hoje, era somente uma “nova” posição politica, que fazia da violência e da propaganda, bem mais primária da que é usada hoje em dia pelas atuais forças politicas, uma forma de convencimento e intimidação.

E que, no entanto, é preciso lembrar, levou a Itália e principalmente a Alemanha, a “renascimentos” econômicos e sociais sem precedentes na história contemporânea, tanto em dimensão, quanto no tempo exíguo em que se deu, foram milagres macroeconômicos de profundos efeitos sociais e consequentemente imensamente populares.

Ficou claro mais tarde que não era um projeto politico, era um projeto de poder, e o custo o mundo viu depois, viu tarde demais.

Mas muitos, que foram obviamente calados na época, já viam naquele formato, aparentemente igual ao de outras doutrinas novas que surgiam, como o comunismo soviético, nada mais que o “ovo da serpente”, que é em tudo igual, até eclodir.

Nada contra nomes, e sim, e muito, contra o projeto, pois o “pão” que está sendo servido é dormido, e o “circo” está com a lona furada, e se chover, não haverá guarda-chuvas para todos.

Um “projeto” é sempre mais perigoso que um líder de características messiânicas, pois pode perpetuar-se sob as mais diversas e coloridas embalagens e as mais variadas siglas e discursos e se esconde no anonimato do plural, sem correr os riscos do singular.




Nenhum comentário: