Acho que todos nós somos vaidosos, em maior ou menor grau, de umas coisas e de outras, mas sempre somos, cultivamos as vaidades como plantas de viveiro, ajustando a temperatura, regulando a luz, medindo a água.
Somos vaidosos do que amamos, do que nos faz felizes, do que odiamos, do que dói, afinal quem quer realmente ser consolado?
Muitas vezes somos profundamente ciumentos de nossas dores e mazelas, não queremos conforto, queremos plateia, queremos a cumplicidade, faz parte do processo de superação.
Já alegrias são mais simples, falam por si só, não exigem reflexão, estão à flor da pele, brilham e generosos distribuímos esta luz como se nunca fosse acabar, tudo cabe na vitória, no riso, pois o choro é íntimo, é particular e o riso é público, aberto e ostentado.
Sim, penso que somos vaidosos de todas as nossas manifestações, as cuidamos e protegemos, as criamos, vivenciamos e as incorporamos, nos tornamos reféns delas.
Sim, todos somos vaidosos, de uma forma ou de outra...
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