quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Viver ou navegar?

Existem coisas que fogem de nossa compreensão, existem coisas que nos recusamos a compreender e existem coisas que são inevitáveis e que no máximo tentamos administrar as suas consequências.

No fundo são todas iguais, só diferem na medida da atitude que tomamos em enfrentá-las ou não, dependendo de nossa força, pragmatismo, quem sabe até sorte, mas de uma certa forma do imponderável, pois somos imponderáveis, mesmo os cartesianos ortodoxos são imponderáveis, pois certezas são só refúgios construídos com areia.

Finais de ano nos forçam a catarses "oficiais", com ou sem vontade. Os piores parágrafos são os últimos, são os que deveriam justificar a narração, mais raramente o fazem, são pontos finais no meio de estradas forçadas pela ditadura da cronologia. São falsos e perigosos, pedem muito e nada dão, pois exigem resumos de histórias não completamente contadas e logo, em andamento.

Todos somos em maior ou menor grau superlativos, amamos adjetivos, tememos substantivos, e com razão, substantivos são cruéis, são definitivos, rotulam, definem e aprisionam.

Mas como já foi dito; “Navegar é preciso, viver não é preciso.” Sim, e eu pergunto mais a mim que a qualquer outro: Afinal qual é a grande diferença entre viver e navegar??

 


 

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