Em pé na esplanada cinzenta, lisa, geométrica, reta e infinita. Em pé, de olho no horizonte que foge, linha indistinta, divisão perdida, limite de um fim sem inicio, impreciso, eu preciso.
Preciso ser preciso, imprecisa necessidade, na esplanada cinzenta que desafia a realidade, é preciso?
Em pé, tentando divisar formas que se escondem na monotonia da esplanada infinita, o inferno é a falta da alternância, do defeito, da ruga redentora na esplanada lisa, cinzenta e infinita.
É preciso não ser preciso, riscar a esplanada infinita com a ilusão do olhar, para fazer do infinito pequenos e palatáveis finitos, mesmo que cinzas, lisos e curvos, trazer a linha do horizonte para o horizonte da visão.
É preciso.
2 comentários:
lindoooo...
Obrigado!
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