Já que, mais do que os quadros já existentes nos dois partidos, este produto da fusão deles abre uma janela, ou melhor, abre uma porta imensa para os descontentes, os desalinhados, e até os oportunistas, para saírem de seus partidos sem risco de perda de mandato neste período quase pré-eleitoral, aliás, quando neste país não é um período pré-eleitoral? Eleições tem o tempo todo, governo nem sempre...
Estamos quase em campanha para presidência da República e governadores. Ora, a sinalizada polarização entre PT e PSDB, bem como uma espécie de “plebiscito” do governo Dilma, que na última eleição não tinha projeção politica própria, dependia da inegável estrela de Lula, mais do que a estrela símbolo de seu partido, agora terá que se submeter ao julgamento das urnas, por seus méritos ou deméritos, dependendo de como se vê a coisa.
No Paraná, as “costuras” iniciais, bem iniciais, caminhavam para um alinhamento similar ao do pleito anterior, talvez exceção feita ao PMDB, que sempre é um caso particular. Porém agora, este novo partido pode desequilibrar, ou se não o fizer, ao menos acelerar algumas composições que estavam sendo mantidas em banho-maria, esperando um momento mais propício para irem ao forno.
E para Foz do Iguaçu? Bom, para nós, sei lá, coerência ideológica nunca foi a característica mais marcante dos nossos partidos, já vi tanta coisa por aqui, inclusive nas últimas eleições, que o fato de um dos partidos ter sido base do novo prefeito e o outro da então situação, não quer dizer absolutamente nada, mas vale e vale muito como uma janela mais do que bem vinda para vários dos recém-eleitos, além de dar ao atual presidente da Câmara de Vereadores, o vereador José Carlos (ex-PMN), uma dimensão e força política inimaginável há alguns anos...
