Carregando o sono sonho, debruçado no espelho, riscando rios, misturando a imagem, traindo o reflexo, segue a estrada sem margens, traçada no imaginário da poeira acumulada.
O perfume dos sons enche o ar rarefeito da visão míope, tudo se mistura, tudo é uma mescla homogênea, que paradoxalmente revela suas cores e nuances, enfim é só a dança sensual e obscena do surreal com o supra real, com corpos mal definidos, a não ser no denominador incomum do desejo incontido e irrealizado.

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