sexta-feira, 19 de abril de 2013

Branca,ou sei lá...

Branca, areia fina que se intromete no fundo da gente, branca, a neve eterna e a passageira, fria e bela, quente na lembrança como a areia fina que forma dunas e se deixa dissolver ao vento incerto, sem direção, sem rumo, só no sabor de sua história, de seu destino, sei lá.

Branca é a luz forte que cega e ilumina, acende cantos e recantos e quando se apaga, deixa de herança a escuridão do tatear, da substituição de sentidos, mata a visão e promove o tato, branca irreverente e incerta, cor de todas as cores, resumo canhestro, branca de todos os sentires.

Branca que é tão oposta ao preto, que é tão resumo da contradição dialética, que se torna a mesma coisa na fusão de todas as cores, morre branca na síntese do preto, mas sempre será branca, afinal é seu destino, ou sei lá...




2 comentários:

sonia januario disse...

Enquanto na janela espero a chuva que não quer cair
O vento traz o riso seu que sempre me fazia rir
E o mundo vai dar voltas sobre voltas ao redor de si
Até toda memória dessa nossa história se extinguir
E você nunca vai saber de nada do que eu senti
Sozinho no meu quarto de dormir

Marcelo Jeneci - Quarto de dormir

adolpho luce disse...

Belo texto, obrigado por dividir!