sábado, 19 de janeiro de 2013

Aumenta o som aí!

Muita gente, e todos em algum momento, parecem precisar compulsivamente e constantemente de “som” muito alto, muita festa barulhenta, muito ruído de copos esvaziados, de muito sorriso de plástico, de abundância de clichês, de tipos estereotipados, de fazer parte de algo que não sentem, não é raro isto, não é nada incomum, é só um empréstimo de roupa ou vida alheia.

Parece ser uma estranha forma de abafar os gritos ensurdecedores da consciência, a cobrança repetida e dura da alma violentada, o lamento da negação.

É uma maneira de ser e agir, é uma opção de vida, é tão válida ou inválida como qualquer outra, mas ainda assim é uma maneira de viver ou só registar em fotos metafóricas uma imagem descolada e desligada de si mesmo?

E depois, de tanto atuar sem refletir, como estabelecer o limite entre criatura e criador, entre ator e personagem, quem vai prevalecer?

Como manter um pé em cada barco, se eles têm movimentos distintos?

Pois é, pensar sempre dói um pouco e não tenho certeza se vale a pena..., aumenta o som aí DJ!



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