Nietzsche, tão citado no facebook, tem sido uma vítima contumaz dos “editores” que pinçam frases e as reproduzem como oportunistas que são, em meios de comunicação pouco confiáveis e respeitáveis.
As redes sociais pululam de exemplos da “cultura” em comprimidos quebrados, que castram o sentido e profundidade desta herança de uma época em que pensar e refletir não era nem perda de tempo e tampouco anacronismo.
Li, espantado e revoltado, um comentário de um imbecil, perdão, mas não acho outro adjetivo para defini-lo, citando o filósofo alemão como um anátema do cristianismo em função da afirmação que fez, de que Deus está morto.
Leiam o texto de Friedrich Nietzsche na íntegra:
“Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste ato não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu ato mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje!”
Que este mesmo Deus, sempre vivo, perdoe os imbecis...
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