sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

De quem é a culpa?

Todos os anos as mesmas matérias sobre as mesmas tragédias, com as mesmas explicações de pé quebrado das mesmas autoridades, cuja única providência é aguardar o fim da temporada das chuvas.

Tem coisas que nunca mudam, e por não mudarem assumem uma dinâmica própria, que se coloca acima das razões e da lógica, a incompetência repetida, a asneira repetida, se torna padrão e estabelece uma forma de comportamento, fatalista para alguns, oportunista para outros e normal para a maioria.

E tem mais, acho que a culpa, tem vários lados, a de quem insiste em morar em áreas de risco, independente das razões, as que jogam lixo nas ruas, os que ajudam de forma pontual e episódica, fazendo com que o descaso destas populações seja vista só como uma tragédia inevitável, que não é, e por fim, a crônica incompetência, corrupção e oportunismo politico de nossas autoridades, que, aliás, são eleitas e reeleitas pelos mesmos que se tornam vítimas de suas ações.

Fácil seria se pudéssemos apontar e crucificar um só culpado, mas não, é uma culpa coletiva nunca reconhecida, perpetuando e gerando as pautas usuais de janeiro e fevereiro. 

E assim foi, assim é e assim será, tão previsível como o Natal e a Páscoa, penso que os editores devem já ter profissionais a postos nestas épocas para gerarem estas matérias, como o fazem com as das datas acima citadas.




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