sábado, 1 de dezembro de 2012

Ainda não sei o que é ser forte...

Logo no inicio do blog, escrevi um texto sobre ser forte, que teve até agora mais de 1.500 acessos, e ainda se mantém entre os mais acessados. Pois bem, relendo o que fiz, vejo que a expressão “ser forte”, tem muito apelo, mas pouca substância.

Certas “verdades” universalmente aceitas são como plantas frondosas de raízes pouco profundas e em solo raso. Não resistem a um vendaval ou uma chuva mais forte. São receitas de placebos de que nos valemos com ansiosa e cega crença de cura.

No fundo de nossos lagos internos, tudo é escuro e indefinido, tem lama, detritos e pedras, são mais bonitos vistos das margens, mais seguros na superfície. Ninguém se “livra" do que viveu, vivenciou, acumula, de forma ordenada ou não, catalogada ou não, mas é impossível descartar esta bagagem, o máximo que podemos fazer é ampliar nossos armários internos, buscar espaços para estes guardados de modo que não atrapalhem o nosso trânsito por aqueles que estão em uso.

Somos o que vivemos, mesmo nem lembremos mais e nem tenhamos certeza de quem somos.



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