Era uma vez um menino como qualquer outro, de olhos fechados, sentado em uma pedra na beira de uma estrada como qualquer outra em um dia qualquer e em qualquer lugar.
Soprava um vento qualquer, vindo de um lugar qualquer, agitando um capim qualquer, em um dia qualquer.
O sol caia como numa tarde qualquer, e frio espreitava por trás de uma noite qualquer, esperando para fechar o dia qualquer, sobre um menino qualquer, num lugar qualquer.
E o menino abriu os olhos e pensou. O dia passou a ter data, a estrada nome, a noite estrelas, o frio sentido, a pedra assento, o capim ganhou cor, o menino um nome, vontade e futuro, tudo num instante, um instante qualquer, que ficou gravado nele, e ganhou corpo, o Qual teve resposta, o Quer teve querer.
Só num momento qualquer, único, como outro qualquer.
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