Nada é tão definitivo e forte quanto o provisório.
Já li isto várias vezes e nas mais diversas variações e versões, todas significando a mesma coisa. Todos temos uma relação de amor e ódio com o provisório. Se por um lado gera insegurança nos mais ansiosos, por outro, facilita decisões, pela simples razão de não ter que tomá-las, ou se o fizermos, de poderem ser revistas sem grandes concessões ou recuos.
O provisório permite ao mesmo tempo, o benefício da decisão tomada, e o tempo ampliado da reflexão, uma espécie de experimento vivido do resultado.
Mas por que tende a se tornar definitivo, mesmo que não admitido?
Penso que seja pelo conforto das ações em suspenso, por descer do muro com uma escada próxima, por manter navios no porto, por ter volta.
Mesmo que não queimemos nossos navios, estes podem até se desmanchar atracados, mas sempre manterão a ilusão da volta, do retorno, e quanto mais confortável for este sentimento, mais definitiva se torna a opção, mesmo que provisória...
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