Injustiça é um sentimento estranho e controverso. Afinal em que consiste a injustiça? Em ser acusado do que não fez, ou ser julgado sem direto a defesa? Na verdade não sei definir e nem tampouco dizer o que pode ser.
Tem horas, momentos, em que de nada adianta falar, o foco se perde, a argumentação fica restrita somente ao vencer ou perder a discussão, o mérito é perdido, a razão da injustiça sentida perde a força diante do desânimo, a renúncia ao confronto não é uma aceitação de derrota, longe disto, é uma forma de buscar o compasso perdido, rever-se, render-se se preciso for ao fato, aceitá-lo na sua essência e não na sua manifestação externa.
Tem momentos em que as coisas fogem à compreensão lógica das coisas, pertencem á outras e fantasiadas situações que simulam e interpretam personagens que estão à mão, perdem e perdem-se, na confusão das certezas que se criam, sejam reais ou não, mas que sempre dizem alguma coisa além do objeto primevo.
Injustiça é uma sensação particular, pois afinal em que consiste a justiça? Na habilidade de argumentos ou na pertinência da acusação? Não existem respostas razoáveis para estas perguntas, pois às vezes deixam de serem perguntas e viram afirmações que atendem à desejos e razões que a própria razão comum tenta não entender, pois no fundo de tudo sempre estará a grande pergunta que nunca cala; o que muda afinal?
Penso que nada, pois quando a injustiça se faz, e é sentida, de nada adianta desfazer e esclarecer, o foco muda do objeto para a acusação e a isto nada pode mudar, o que está feito, está feito.
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