Noite escura em mar revolto, sem farol, sem rumo, só o vento implacável guiando a nau errante, vento antigo que sopra da esquina remota de um tempo perdido para sempre.
Estrelas imaginadas, lua pensada e esquecida, noite da noite, sem promessa de dia.
Noite de amanhã sem intervalo de sol, noite que sucede noite, dia sem cor e sem luz.
Amanhecer adiado, ontem fugitivo escapando pelos dedos de hoje, promessa negada, metade de tudo, parte de nada, noite sem fim, curso que segue onda após onda, cavalgando ventos no dorso da Nau Catrineta revista, afinal navegar é preciso, viver quando é possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário