quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O tempo é agora e amanhã

Pronto, passou mais uma eleição, mais uma situação a administrar. Este é um momento de reflexão, quem perdeu, perdeu, que se recolha, lamba suas feridas e se programe para a próxima, na política, como na vida, a coisa funciona assim.

E quem ganhou, festeje muito, nada como a vitória, mas sem os excessos messiânicos que alguns têm demonstrado. Quem acompanha as redes sociais, e eu sou um deles, pode observar um aumento visível no tom raivoso das celebrações e dos lamentos de quem atira culpas para todos os lados, e isto se observa tanto no futebol, como na politica. Nada com as brincadeiras, a gozação, isto é normal e gostoso, o que falo é do ódio banalizado.

Ora, quem ganhou, já disse tudo na vitória, celebre e registre a vitória de sua opção, brinque, faça as gozações de praxe, mas sem a raiva quase descontrolada que se vê. No futebol é a mesma coisa, ao invés de curtir o triunfo, nos deparamos com posts de profundo ódio, como se fossem desforços pessoais, não basta ganhar, tem que humilhar, ofender e gritar a sua supremacia emprestada?

Posso até entender, mas devo dizer que não concordo. 

É óbvio, que muitos têm motivos reais e concretos para tais manifestações, mas não são a maioria, a maioria simplesmente se associa a corrente de raiva e a potencializa. 

Nesta época de superabundância de informação, tende-se a viver vidas emprestadas pelas novelas, pelos BBBs e abstrações afins. A internet não é boa nem má neste aspecto, ela só propicia que se evite o olho no olho, deixando mais a mostra o caráter das pessoas, ela não determina nada, quando muito, amplifica, permite sombras que encobrem um pouco e só.  

A vida continua, para vencedores, vencidos e neutros, que foram muitos, é só ver as abstenções, brancos e nulos, portanto, para todos nós desejo equilíbrio, sensatez, cobrança e olhos no futuro da nossa cidade, e que as paixões sejam expressas onde realmente elas cabem.

No mais, penso que é preciso lembrar que o tempo agora é hoje e amanhã, o ontem ficou no último domingo, porque Foz pode mais, aliás, sempre pode e sempre vai poder, afinal Foz somos todos nós!


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