Escuto muito sobre fios soltos e pontas a atar. Mas exatamente o que determina uma ponta? Como atá-la, como percebê-la?
Pontas podem ser vistas, percebidas, sentidas, imaginadas? Seria a sensação de algo errado, ou ainda incompleto o que geraria estas sensações, que no fundo é uma só?
No recente filme estrelado por Sean Penn, “Aqui é o meu lugar”, o seu personagem repete várias vezes ao longo da narrativa a frase:
- Há algo errado, mas eu não sei bem o que é, só sei que há algo errado.
Mais ou menos isto, em uma tradução meio livre, mas com este exato sentido, para não ter que recorrer ao célebre bardo e sua famosa fala sobre haver “algo de podre no Reino da Dinamarca”, que é mais definitiva e dirigida.
Ora, muitas vezes esta sensação, como o personagem de Sean Penn diz ter, pode estar fundamentada em algo que está acontecendo, poderá acontecer ou já aconteceu e deixou este rastro misterioso e desconfortável no seu caminho.
Seria então esta a sensação das pontas soltas? Pode ser, pois até esta última pergunta tende a remeter para algo errado...
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