sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Escrever é um ato mágico?

Estava assistindo a um filme hoje à tarde, aproveitando o feriadão, um bom filme com uma história bem interessante, mas não é este o objeto de meu comentário, ele se prende a uma frase dita pelo personagem principal, um escritor.

Dizia ele que escrever é um ato mágico, e que as palavras não vem de você, e sim através de você.

Penso que sim, penso que seja exatamente assim. Não que me considere um escritor, pois tenho a consciência, sem falsa modéstia, de estar muito, mas muito longe disto. Eu apenas escrevo como se falasse, falasse para mim, de mim e através de mim.

Perguntaram-me se alguns de meus despretensiosos textos eram autobiográficos. Respondi que sim e não, pois se acredito que palavras possam vir através de mim, inevitavelmente passaram por experiências próprias vividas, ou pensadas, sonhadas, lidas, sei lá, mas que de alguma forma e em algum lugar se fixaram dentro de mim, para ganhar vida em algum texto posterior, sem que eu as pudesse acessar ou tentar acessar conscientemente, só vieram e lá ganharam forma expressa.

Na maioria das vezes eu começo alguma coisa sem ter uma ideia clara de onde quero chegar e nem como, só vou convivendo com o caminhar do texto e aceitando-o, gostando ou não, identificando-me ou não com que lá está.

Sem dúvida, ao menos na minha visão bem amadora, escrever é um ato mágico.


 

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