Tomando por base diversas ações dos governos em vários níveis e em várias épocas, é inevitável, ao menos para mim, fazer a seguinte pergunta:
De que adiantam estas manifestações populares?
Sim, porque acredito que a maior e mais eficaz é aquela que é feita através do voto.
É a grande solução?
Muito provavelmente não, mas é a mais contundente. Trazendo esta questão para a nossa cidade, tenho acompanhado a mobilização visando um protesto contra o aumento das tarifas de transporte coletivo. Certo, justo, louvável, mas quem está determinando esta tarifa foi um gestor eleito pelo povo.
Não foi ninguém imposto por algum governo autoritário, e eu já vivi esta impotência, sei bem como é. Mas agora não, agora é diferente, discutível ou não, moral ou não, justo ou não, é uma prerrogativa dada por nós mesmos que o legitimamos, votando contra ou a favor, ao participarmos de um pleito.
Cabe o protesto? Sim, cabe e sempre caberá, mas penso que deva ser objetivo e dirigido ao fulcro da questão, sem outras considerações, até porque o resultado das ultimas eleições já determinou a mudança.
O que cabe, a meu juízo, é avaliar de que forma esta pressão será exercida e se terá resultados, caso contrário, a própria e poderosa ideia da mobilização popular acaba por se perder na vala comum do reclamo estéril, que com o tempo entra no rol das frustrações e decepções que determinam, e muito, o desencanto da população com as coisas da política, tendendo a tratá-la como coisa a parte, o que não é e nem nunca deveria ser.
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