sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Só o que é

Pois é, então é assim, simples, liso, claro, brilhante e transparente como um diamante sem jaça. 

Reto, sem curvas para distrair, sem margens a descobrir e confundir, sem cores a definir, só o brilho seco e parado das coisas óbvias, sem difusão, nem interpretação.

Simples assim, na crueza do sentido, sem nuances, o fim da especulação, da explicação, só a resposta sem adereços, só o que é, sem vácuo e nem espaço, não cabem, pois é o que é.

Sem sombras, nem proteção, ao sol e chuva, na primitiva forma criada, sem nome e sobrenome, sem adjetivos, só o substantivo nu e impávido, brilhando como um farol arrogante na noite das dúvidas perenes, pois é o que é.

O que é, já está descrito por ser.



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