Desbravando a noite, embalado por seus ruídos ocos e surdos, andando a luz de velas apagadas.
A noite é uma espécie de metáfora do limbo entre dias, tem vida e regras próprias, é um tempo de espera e medos novos, tempo oculto, antítese oblíqua do dia, contraponto do previsto e visto, a noite é uma silhueta do dia, mas silhuetas nem sempre são fiéis à imagem que as gera.
De dia se anda para algum lugar, na noite só se anda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário