A raiva é um sentimento muito forte e poderoso, que por diversas vezes mudou o mundo, menos que o amor, mas com ele sempre disputou o primeiro lugar deste duvidoso ranking.
A raiva tem vários pais, é herdeira do que é justo e injusto, não tem compromisso com a ética e nem com a lógica, é uma força incontrolável da natureza, é consequência e causa, é último estágio, ou como querem os desequilibrados, o penúltimo, pois pode anteceder a agressão.
Dentre as razões da raiva, tem uma que é curiosa, curiosa por ser dúbia, por ser tão força da natureza quanto à raiva que a sucede, é a mágoa, que tem várias mães, e dentre elas a mais possessiva, a expectativa.
A mágoa é lenta, corrosiva, se instala e vai roendo de dentro para fora, no inicio você só percebe o desconforto, depois ela explode para fora e deixa a mostra suas feridas. Não creio que exista cura rápida para a mágoa, nem se existe cura de alguma espécie, penso que exista sim “analgésicos”, que não atuam na causa, só atenuam as consequências, e dentre eles o tempo parece ser o mais eficaz.
A raiva neste caso funciona como quase um placebo, mas paradoxalmente um placebo perigoso, com efeitos colaterais, mas que funciona só em curto espaço de tempo, e leva muito tempo para apagar seus efeitos.
É, a vida é tão simples, mas tão simples, que se torna muito difícil entendê-la.
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