Confiar é dar-se, é transformar-se no objeto de sua confiança, confiar em alguém ou alguma coisa é antes de tudo confiar em si mesmo, daí a enorme dificuldade em lidar com a quebra dela. Parte de você volta para a forja, e outra forma virá, que pode vir a ser maior, mais forte, mais útil, mais própria, mas nunca será a mesma coisa que foi.
Certas coisas se perdem no vento do tempo e se espalham no campo imenso de nossas lembranças e assumem outras formas, que às vezes nem reconhecemos mais, e o ciclo segue com a teimosia de um rio, que corre pela exigência de sua própria natureza sem qualquer vontade ou razão maior que assim o determine.

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