domingo, 30 de setembro de 2012

Falta de pudor

Existe uma linha muito tênue, por vezes até imperceptível, mas sem dúvida muito forte, que separa o emocionalmente elevado, a comoção sincera, do meramente piegas.

Assim como uma linha de pesca muito resistente, que mesmo fina e até translúcida, dependendo de sua exposição à luz, é forte o suficiente para aguentar muitos quilos, esta linha divisória, na luz das emoções baratas e vendidas a preço baixo, é facilmente ultrapassada, mas nunca deveria ser ignorada, por consistente que é, sob pena de aviltar o objeto da comoção.

Quando vejo matérias, como estas que estão invadindo o nosso domingo, sobre o falecimento da apresentadora Hebe Camargo, me vem sempre à mente o que escrevi acima. A falta de pudor e a ganância pela audiência, a meu juízo, ofende a memória do homenageado. A profusão de lugares comuns e clichês pobres, todos garimpando sem ética, a emoção do telespectador.

Hebe Camargo foi uma artista de imenso carisma, e muito querida por seu público fiel, ao longo dos anos em que esteve nas telas de diversas emissoras, mas a tentativa canhestra de “canonização” dela creio que ofenderia até a ela, se viva estivesse.

Nestes tempos de pouca reflexão, de uma velocidade muitas vezes sem sentido ou razão, tudo é vendido, e se o é, é porque tem mercado. Na falta do tempo para pensar e ponderar compra-se tudo, inclusive a reflexão e a emoção fácil, enlatada, popularizada e cantada em voz falsamente contrita, em textos grávidos de elogios vazios.

Vivemos em tempos curiosos.



Flagrante dos candidatos descansando neste final de semana...

E que venha o Santos...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Nada como a literatura infantil...

Era uma vez uma linda princesinha que morava em um castelo às margens de um belo e formoso rio. 

Bem, não era assim, vamos dizer, uma princesinha, tecnicamente falando, e sua casa também não era exatamente um castelo, mas estas são só liberdades poéticas, e como a estória é minha, escrevo o que quiser.

Muito bem, pois esta princesinha, já meio maltratada pelas pauladas da vida, tinha uma ideia meio arrevesada sobre príncipes, e principalmente os encantados, pois segundo ela, a maior mágica que faziam, era a de se fingir de surdo toda a vez que ela pedia alguma coisa, ou cobrava as promessas que ele lhe fizera na época de namoro.

Eis que, a nossa princesinha, depois de passar umas duas horas esperando um ônibus que passou lotado e não parou, resolveu que estava na hora de dar um novo rumo na vida e partir para outra, e começou a olhar em volta para ver se não achava nada melhor, e viu um garboso cavalheiro de sorriso cheio de dentes, que morava na capital. O papo dos dois príncipes era mais o menos o mesmo, mas este novo, sempre estava bem vestido e cheiroso e nem que fosse até pela novidade, engatou um namoro tórrido com ele, já que em casa, o atual, em via de virar ex, ao invés de se tocar, preferia ficar discutindo futebol no boteco com sua turma e bebendo cerveja até de madrugada.

O caso durou um bom tempo sem grandes problemas, pois se o atual não se decidia, o pretendente lhe fazia versos e mandava flores, e ela parecia cada vez mais apaixonada, até que o atual príncipe resolveu se tocar, pois sacou que estava pisando na bola, e foi atrás do prejuízo. Cortou o cabelo, fez a barba, comprou umas roupas na Vila Portes, passou a tomar banho, ao menos de dois em dois dias, e chegar mais cedo em casa, pois sacou que a vaca estava indo pro brejo.

Requentou uns versos antigos, e além da cesta básica, passou a trazer um chocolate de vez em quando, só para adoçar a princesinha. E não é que colou! Ela que tinha jurado que não caia mais nesta conversa, começou a balançar, pensou nos filhos que tinham feito, no puxadinho para botar a máquina de lavar comprada em 48 prestações, e mesmo meio desconfiada, está ouvindo a conversa do cidadão, não durante a novela, é claro, mas nos intervalos, já que ele até emprestou o controle remoto!

Então, ontem eles tiveram outra discussão no boteco, o moço bonito da capital e o atual namorado, ficaram se olhando feio e fazendo ameaças um para o outro, mas nada muito sério, afinal foram companheiros de bar muito tempo e amizade de cerveja não some assim tão rápido, e, além disto, torcem para o mesmo time e trabalham para a mesma empresa, cuja dona mora lá na capital do reino.

E a estorinha está assim, o moço bonito já avisou que se ela não se decidir, ele volta para capital e depois só nas próximas férias, mas se ela topar ele até fica por aqui, monta casa e assume os filhos, ela está pensando na proposta, mas ainda não se decidiu, a dúvida está grande, afinal o atual, de banho tomado e cabelo cortado, até que não é de jogar fora, pensa ela, mas o problema é saber quanto tempo vai durar isto.

Mas o final deste conto de pé quebrado eu continuo daqui a duas semanas, por hora fica assim. 

Ah, ontem saiu o resultado de outra pesquisa e teve mais um debate entre candidatos a prefeitura de Foz, pois é, então tá.


 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Estações em Foz...

Verão quente, aliás, terrivelmente quente, ou melhor, insuportavelmente quente.

Outono, quente, ainda quente, muito quente, e às vezes vento, de brisa até destelhamento.

Inverno frio, uns três dias, quente, vento, chuva de vez em quando, em outros dias chuva de alagar, mais calor, vento e de repente no mesmo dia, um frio de rachar.

Primavera, flores, ventos de destelhar casas e paciências, arvores e galhos que quebram vidros, muito quente e muito frio, às vezes no mesmo dia.

Ou seja, uma terra de estações bem definidas. Até neste aspecto somos bem peculiares , não é só na política a mistura das estações...


 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sempre, sem, se e quando

Sempre é um compromisso constante. Sempre é uma promessa difícil, quase impossível. Sempre é uma atitude. Sempre é sempre uma dúvida. Sempre é uma imposição impossível. Sempre é uma proposição desejada. Sempre é uma aspiração. Sempre é um irmão de espelho do nunca.

Sempre é uma confissão de desejo, uma vontade sem base, sem chão, sempre é quase sempre, nada mais que um talvez, amanhã.

Sempre, sempre tem que ser renovado, sempre é abstrato pela impossibilidade de ser concreto, sempre. Sempre é para sempre, é um norte perdido nas certezas geradas no ventre do querer, e alimentadas pelo pragmatismo do poder, sempre é o filho hibrido, impossibilidade genética,
contrariada pela teimosia do desejo.

Que sempre, seja sempre o sempre, enquanto puder ser quando!



Mas bah tchê, este tu não pode perder, criatura!

O carioca, baiano e iguaçuense Emerson Peixoto, desta vez vira gaúcho!

Não percam este clássico obrigatório do grande Luiz Fernando Veríssimo:


Eleições e Copas do Mundo

Pois é, mais um dia, mais um meio de semana, mais carros de som a todo volume, mais unhas roídas, mais contas sendo refeitas, feitas e refeitas, o que muda mesmo é o calendário, está chegando a hora, falta pouco agora e sempre falta alguma coisa.

Mais caminhadas, mais eleitores de cara feia com algumas visitas, outros festejando previamente sabe-se lá o que, muito barulho nas torcidas organizadas, muita discussão nas redes sociais, juras de amor e “morte” em favor e desfavor de candidatos, amizades de anos perigando serem comprometidas de vez, lados cada vez mais claros, acusações cada vez mais pesadas, pois é, pra que?

Eu gostaria, e sei que não estou sozinho nesta ingênua expectativa, que esta paixão toda pela política, continuasse no período normal, o do pós-eleições, mas vejam bem, não a paixão dos aquinhoados por eventuais cargos e benefícios, ou daqueles que deles foram excluídos, falo da paixão pelas coisas da cidade, pela cobrança nas melhorias de nosso dia-a-dia, e principalmente, paixão na cobrança das promessas feitas.

Este “clima”, esta “energia” na participação de uma campanha, se canalizada, em pelo menos 50% de sua intensidade, em prol das nossas coisas, já teríamos uma cidade, um estado e um país muito melhor, infinitamente melhor.

Mas não é o que acontece. Recolhem-se as bandeiras, silenciam-se as cornetas, guardam-se as faixas, e se espera a próxima. É como uma Copa do Mundo, um torneio curto, de 4 em 4 anos, e com um intervalo grande para comemorar ou lamentar, a diferença para o futebol, é que este não tem nenhuma consequência prática na nossa vida, bem diferente de uma eleição, onde este festejar ou lamentar, dura todos os 4 anos...

Pense bem, reflita e decida seu voto de forma consciente, neste jogo, você está em campo, não é só um torcedor, voce joga e pode fazer a diferença!



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Para começar bem a semana!

Que lugarzinho mais feio..., rsrsrsr.

Feliz inicio de primavera para todos!


Noite Iguaçuense 2a. edição!!

Dica e convite do querido amigo Hamilton Luiz Machado Nunes, o Mito!


PESSOAL, VAMOS TODOS NOS PROGRAMAR, POIS VEM AÍ NO PRÓXIMO DIA 24 DE NOVEMBRO, A 2ª EDIÇÃO DA NOITE IGUAÇUENSE - BAILE COM THE FALLS BOYS, VEJAM ABAIXO A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO:

NOITE IGUAÇUENSE -  BAILE/SHOW COM “THE FALLS BOYS” - (2ª EDIÇÃO)

DATA: 24 DE NOVEMBRO DE 2.012

LOCAL: COUNTRY CLUBE

PROMOÇÃO E ORGANIZAÇÃO: Sociedade Amigos do Parque Nacional do Iguaçu

TEL.: 45 3028 5445/3028 1755/9951 9348

 O EVENTO: 

DIANTE DO SUCESSO ABSOLUTO DA NOITE IGUAÇUENSE – JANTAR DANÇANTE COM “THE FALLS BOYS”, REALIZADO EM NOVEMBRO DE 2011 (+ DE 400 PARTICIPANTES), ESTAREMOS REALIZANDO A 2ª EDIÇÃO DESSA MARAVILHOSA NOITADA PARA O DELEITE DOS IGUAÇUENSES QUE CURTIRAM AQUELE EVENTO E OPORTUNIZANDO QUE AQUELES QUE NÃO PUDERAM ESTAR PRESENTES REVIVAM OS MOMENTOS MÁGICOS DOS ANOS 60/70 E PROMOVENDO A CONFRATERNIZAÇÃO E O REENCONTRO DOS IGUAÇUENSES QUE CURTIRAM A ÉPOCA DESSA INESQUECÍVEL BANDA;

PROGRAMA:

• 23:30 HORAS – INÍCIO DO BAILE COM BANDA IGUAÇUENSE;

• 01:00 H0RAS – APRESENTAÇÃO DA BANDA “THE FALLS BOYS”;

• 03:00 HORAS – CONTINUAÇÃO DO BAILE COM BANDA IGUAÇUENSE

• 04:30 HORAS – FINAL DO EVENTO.

PÚBLICO ALVO: 

IGUAÇUENSES QUE VIVENCIARAM OS “ANOS DOURADOS” (1960 A 1975) COMPARTILHANDO COM O GRUPO MUSICAL “THE FALLS BOYS” O EMBALO DOS FINAIS DE SEMANA DE FOZ DO IGUAÇU;

EXPECTATIVA DE PUBLICO:

400 (QUATROCENTAS) PESSOAS, PODENDO CHEGAR ATÉ 500 PESSOAS, SE HOUVER DEMANDA.


 

Vale a pena ver de novo?

Mais uma vez, volto a pedir desculpas pela forma errática que tenho atualizado meu blog. Sou além de uma vítima contumaz do meu analfabetismo digital, um alvo fácil das “maravilhas” da tecnologia.

Quando não é o meu sinal de internet “vagalume enlouquecido”, que funciona quando e como quer, é meu "Note esponja”, a absorver todos os vírus possíveis, ele deve ter baixa imunidade...

Mas tudo bem, fazer o que, ou volto para a máquina de escrever, e de preferência uma não elétrica, ou me submeto com uma duvidosa paciência a estas coisas.

De resto, campanha do seu final, prognósticos e “videntes” para todos os gostos, pouca coisa nova dita, e aquela velha sensação de já ter visto este filme, uma espécie de “dejá vu”, que não tem nada de esotérico ou inexplicável.

As coisas estão mais para “Sessão da Tarde” da Globo, do que qualquer outra coisa. Muito filme “B”, reprisado a exaustão, com um ou outro clássico recuperado, e olhe lá. Pena que nesta situação não se possa optar pela programação de uma TV a Cabo ou um bom lançamento em DVD...

Em resumo, é sempre bom ter cuidado e avaliar bem, senão antes da Sessão da Tarde, ainda corremos o risco de assistir sem querer o “Não vale a pena ver de novo...”.


Meu voto é consciente

Extraído do site www.budel45123.com.br:


BUDEL: ORGULHO DA VIDA PÚBLICA E DA POLÍTICA 

Meus amigos e minhas amigas. numa época em que virou moda falar mal de pessoas que se dedicam a cargos públicos eletivos, venho até vocês para dizer: sou político, sim, e tenho orgulho da minha opção. Senti necessidade de me manifestar, neste sentido, e de dizer que busco fazer de minha opção de vida uma forma de participar e apoiar a comunidade onde vivo. 

Ser político, na minha maneira de pensar e agir, não é uma profissão, mas sim uma vocação, assim como para mim é também a engenharia. Ao longo de minha vida profissional tive o privilégio de conciliar estas duas vocações e busquei sempre fazer melhor. 

Estamos novamente em uma época eleitoral, aliás, uma das muitas que já participei, e estou buscando a reeleição para a Câmara de Vereadores. Não prometo fazer obras, pois esta não é a função de um vereador; não prometo benefícios de ordem financeira ou coisas do gênero, pois não faço e nem concordo com essas práticas que, acima de tudo, são caracterizados na legislação como crime eleitoral. 

Não vendo sonhos e nem promessas; prometo, sim, continuar fazendo o que fiz nestes oito anos, ou seja, fiscalizar o prefeito, propor leis, ouvir a comunidade, ser um elo entre a comunidade e o poder público. 

Nada mais, e nem poderia, pois seria contra a minha visão da política. O assistencialismo ofende e humilha; a nossa missão é buscar condições para que a comunidade e o cidadão obtenham os meios necessários para viver com dignidade.                                              

O Vereador é, antes de qualquer coisa, um representante daqueles que o elegeram; sua atuação tem que ser pautada pela vontade daqueles que o colocaram lá. Confiança é coisa séria; confiança é a base de qualquer relacionamento; é a base da política saudável. 

Prometer o que se sabe ser impossível é começar uma relação na base da mentira e do engano. 

Se vocês que me acompanham na minha vida pública continuarem a me apoiar e dar seu voto, como sempre o fizeram, será por aquilo que vocês conhecem de mim; por tudo o que já fiz e que vou continuar fazendo, e nunca por qualquer promessa mirabolante que eu não possa cumprir. 

Portanto, amigas e amigos, aqui no meu site está um pouco do que fiz e pretendo continuar fazendo; isto sim é que me dará ou não o seu apoio, pois um mandato não pertence a um parlamentar e sim aqueles que nele votaram e por que votaram. 

Sempre agi assim e vou continuar agindo desta forma. por isso peço o seu voto mais uma vez. 

Leia meu site www.budel45123.com.br, peço que dedique um pouco de seu tempo, reflita e decida. 

Eu agradeço e espero o seu apoio. 

Obrigado e um abração do Budel!



sábado, 22 de setembro de 2012

Teimosia ou autoindulgência?

Saint-Exupéry escreveu certa vez, sobre a renúncia. Dizia ele que o processo de tentar manter uma posição ou situação era sempre de extremo desgaste, e o é. Que às vezes buscava-se uma solução que já não mais existia, o que existia era somente a esperança sem fundamento em manter aquela situação.

E neste processo, o homem dava voltas em torno do problema, tentando achar uma brecha por onde entrar e ir atrás da solução, que a aquela altura do fato, já era impossível, mas a vontade cegava o discernimento.

Mas uma vez aceita a impossibilidade, uma vez em que a renúncia àquela situação ou posição era adotada, vinha a paz, mesmo que fosse a paz dos derrotados, mas era uma espécie de paz, de trégua antes de avaliar os estragos deixados pela derrota.

Não é com certeza a melhor reflexão para um sábado, há esta hora e com um café quente neste friozinho, mas é bem interessante pensar nisto. Afinal sempre fica a clássica pergunta:

Somos teimosos por natureza ou somos autoindulgentes?



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Causas e consequências

Causas e consequências são as duas faces de uma moeda que de tão gasta pelo uso, às vezes impede que se perceba a diferença entre elas.

O espanto e a perplexidade da consequência mascara a causa.

A justificativa da causa não anula a consequência, só a explica, pois a causa pode nascer de uma ação, mas a consequência é filha espontânea da reação.

A causa pode ter razões que a justifiquem, mas a consequência não precisa de razões, ela existe em estado bruto, só existe, não precisa, uma vez gerada, de nada que a justifique, só existe pela sua própria natureza.




Da tristeza

A tristeza pode ser corrosiva como um ácido, que vai fazendo o seu trabalho de dentro para fora. Começa devagar, quase imperceptível e aos poucos vai se alimentando de seu hospedeiro com uma voracidade insaciável.

E quando se instala, assim como a água toma a forma do vaso que a contém, ela assume a forma de quem a carrega, se incorpora, compartilha e finalmente absorve, e deixa de ser um estado de espírito momentâneo e se torna o próprio espirito em seu estado permanente.

Com tempo, as reações se pautam por ela, e o que era uma excepcionalidade se torna a regra, e a cada novo choque, ela que já nem era mais entendida, se retorce e grita, como um anzol na carne, ao ser puxada a linha da vida.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ecos do Rio Grande!


Em homenagem ao “20 de setembro”!



PILCHAS

Luiz Coronel

Não pensem que são pirilampos essas estrelas lá fora.
É a lua clara dos campos
refletida nas esporas.

Se uso vincha na testa
é pra ver o mundo mais claro.
Não vendo o mundo por frestas
lhe posso fazer reparos.

Sem cinturão nem guaiaca
me sinto quase em pêlo.
Quando meu laço desata
sou carretel de novelo.

Da bodega levo um trago
para matar aminha sede.
Meu chapéu de aba quebrada
beija-santo-de-parede.

Atirei as boleadeiras
contra a noite que surgia.
Noite a dentro entre as estrelas
se tornaram três-marias.

 

Salve!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Uma campanha curiosa

Esta campanha já começou curiosa, diferente, e começou bem lá atrás assim. Primeiro na definição do candidato da situação, depois e quase ao mesmo tempo, na possibilidade de uma candidatura que fugisse um pouco da polarização que acabou acontecendo, mesmo com o respeito devido aos outros dois candidatos, todos sabemos, até as bolas laranjas da Av. Brasil, que é assim já faz tempo.

Esta indefinição gerou grupos de contra e a favor na majoritária, com contornos indefinidos e mal delineados, determinando sérios e profundos reflexos na proporcional. É claro que nunca existe um total conforto, salvo alguma exceção para confirmar a regra, nestes grupos que tradicionalmente se unem nos períodos eleitorais. Os limites ideológicos dos partidos já foram para o brejo há muito tempo, portanto não falo deste tipo de expectativa, falo de interesses comuns e projetos de poder.

Estamos chegando na reta final desta campanha, e o que vejo, é uma disputa entre o “eu fiz e farei mais e” contra o “você não fez e eu vou fazer”, salvo uma ou outra proposta nova, sinto o cheiro e o gosto de comida requentada, tentando, sem muito empenho, passar-se por nova, recém-saída das panelas dos estrategistas políticos. E pior, muitas feitas em fogão velho, afinal mudança, alternância e continuidade, são fatos da política, exigem um complemento e não podem ser consideradas como plataformas isoladamente, faltam justificativas mais sólidas que o fato em si. A meu juízo falta muito "como","em que" e "por quê", para que sejam mais convincentes.

Coligações feitas a facão, algumas, e outras por desaforo político, determinaram “pernas” que nem se sustentam, quanto mais sustentar um corpo inteiro. Parece-me mais como um joguinho de futebol de final de semana, entre amigos e conhecidos, com os times escolhidos na hora e de forma aleatória, quando você pode até esperar lampejos de brilho individual, mas conjunto e táticas, só se o acaso permitir.

Ainda me valendo do futebol, fico com a dúvida: Como um time pode enfrentar uma maratona de jogos sem pré-temporada, sem treinos e com vagas instruções de última hora? Acho que sem conjunto, nem Messi e Neymar juntos dariam um jeito. Este é o problema que ocorre quando o técnico quer brilhar mais que os jogadores, o time e a torcida.


 

Paradoxos nada ortodoxos

Nada é por acaso, o descaso nasce do caso gerado no acaso. Nada é por acaso, o que é para ser será, mesmo ao acaso, caso tenha que ser, apesar do descaso que desafia o acaso.

Palavras são intenções e relatos, só tem a vida que toma emprestada dos fatos e vontades satisfeitas ou não. Só propõem, não dispõem, pensam e intentam, mas não realizam, precisam ser do tempo de antes ou do tempo de depois, sempre querem ser ou ter sido, não podem ser.

O paradoxo é a confirmação do avesso, pois nega o que propõe ao legitimar o oposto, assombra a ética e viceja na incerteza.



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tecnologia de ponta...

Meus amigos, caiu o mundo ontem. Árvores, placas de campanha, cadeiras, mesas, toldos, telhados, caiu tudo com o vendaval, mas em compensação, nada aconteceu com o sinal da TIM e nem com o da GVT, pois estes não funcionam nem com tempo bom mesmo...

Lamento a evolução tecnológica, que reduziu o peso e o tamanho dos celulares, pois agora nem como peso para papéis eles servem.

É pura tecnologia de ponta... de “ponta-cabeça”!



 

domingo, 16 de setembro de 2012

Autódromo?? Nada a ver...

Pois é, autódromo é um péssimo investimento, muito ruim mesmo. Mal chegou a 30.000 ingressos vendidos em Cascavel, transmissão direta de uma rede pequena e desconhecida de televisão, uma tal de Rede Globo, acho que é este o nome...

Sem dúvida, não precisamos disto, afinal já temos um campeonato de arremesso de celular, para que Stock Car e outras bobagens deste tipo, afinal automobilismo é um esporte desconhecido e muito chato, ninguém gosta. Tem razão, nada a ver...


Vejam só esta montagem grosseira, não tinha ninguém...



 

Um espetáculo de som e fúria...

Desconfio da profunda convicção, da certeza absoluta, da paixão desmedida. Quando vejo, leio, assisto às declarações apaixonadas de partidários de fulano ou beltrano, sempre me vem uma incômoda e cínica pergunta: O que ele vai ganhar com isto?

Nada é de graça, pode não ser medido pela régua financeira, mas sempre tem um custo embutido, sempre tem alguma troca, alguma negociação camuflada no “desprendimento” declarado com excessiva veemência.

As coisas que já vi ao longo de minha vida devem ter me tornado cético com o tempo, pode ser, ou quem sabe o ceticismo não tenha se originado numa espécie de cinismo atávico? Sei lá, domingo não é um bom dia para estas considerações.

Mas, que em todo o exagero, em todo o superlativo, em toda a emoção pública excessiva sempre tem um certo cabotinismo, isto tem, e ninguém vai me convencer do contrário. Em todo o aumento de volume e no uso despudorado de adjetivos, pode se ver sempre alguma, senão muita, carência de matéria substantiva. 

A política cada vez mais se caracteriza pelo absurdo gritado, como uma peça de teatro grego cantada dois tons acima do normal. 

Parafraseando Shakespeare, me arrisco a dizer que vejo esta veemência superlativa da nossa política, na sua forma “representada”, como cada vez mais um espetáculo de som e fúria, encenado por espertos e não significando nada.


 

Do Poder...

Só para lembrar neste domingão de reta final de campanha...

“O poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor, da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia.”

Ulysses Guimarães




sábado, 15 de setembro de 2012

Então, o debate...

Então amigos, o debate de ontem...

Bom, vamos por partes, ontem mal acabou o debate, sentei-me, peguei o note, abri e comecei. Nada, não saiu nada. Pensei, deve ser porque estou cansado é tarde, etc., vou tentar mais tarde, nada outra vez. Tá vou deixar para amanhã cedo, pois nada como uma noite de sono para clarear as ideias.

Pois é, agora estou aqui estou enrolando, pois cheguei à conclusão que não tenho nada a dizer sobre o debate de ontem, a não ser a estranheza com o cabelo do Chico e a bela gravata do Reni.

Deve ser minha culpa, pois abri o facebook e tem muita gente comentando isso ou aquilo. É, estou perdendo a mão, eles viram, e de todos os lados, o que eu não vi. O que vi, além dos detalhes “fashion”, foi algo morno e sem nenhuma novidade.

Assim sendo, só me resta saudar o bom nível mantido pelos candidatos e esperar que me venha alguma inspiração para escrever alguma coisa sobre o próximo debate, perdão queridos leitores...




Eu tenho um candidato sim!

Pois é amigos, tento ver a politica partidária com isenção e imparcialidade, mas é preciso entender que imparcialidade não é não ter um candidato, imparcialidade é ver este candidato sem os olhos da paixão de uma campanha.

É não demonizar os adversários de suas ideias e nem iconizar os que com elas comungam. É ver com os olhos abertos, com a cabeça livre dos slogans vazios, com consciência e maturidade e com muito senso crítico.

Uma eleição não é um jogo de futebol, não é um show de música que mexe com outros sentimentos, que mexe com emoções, onde você pode e deve se soltar, eleição é outra coisa, é dar voz ao que você quer para você e sua família, ao que você espera para a sua cidade, ao que você faria se estivesse em um cargo público.

Não se trata de somente de admiração pessoal por um candidato e sim confiança naquilo que ele possa vir a fazer por você e os seus. Como já escrevi aqui neste blog, você pode simpatizar ou não com a pessoa, isto não importa, o que importa é se ele é capaz de atender o que você espera para si e os seus.

É desta forma que entendo imparcialidade e isenção na politica, é muito diferente de omissão, mas frequentemente estas definições se confundem. Eu tenho um candidato a vereador sim, e fruto desta reflexão, e que não é de hoje. Meu candidato é o Budel-45123, em que já votei outras vezes e não me decepcionou, é em quem vou votar novamente.

Não vou fazer a defesa de sua candidatura aqui no blog, existem outros espaços mais próprios para tal, só estou declarando o meu voto em coerência ao que venho escrevendo há algum tempo e respondendo aos que me perguntaram. 

Quem quiser saber mais sobre por que voto nele entre no seu site www.budel45123.com.br e saiba as minhas razões.

Bom final de semana amigos!




 Budel - 45123

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Coisas de fim de baile...

Campanha entrando na reta final e a temperatura subindo e muito nos bastidores, principalmente no que se refere à majoritária. Depois de uma espécie de trégua entre os candidatos, voltam as acusações, inclusive as de cunho pessoal. Nada de novo, nem o lamentar, que é o mesmo.

Mas, as coisas são assim, funcionam assim, e penso que devam continuar desta forma por muito tempo ainda. Este tipo de comportamento não é um duvidoso “privilégio” de Foz do Iguaçu, parece ser da natureza da politica, e desde sempre.

Cabe a nós eleitores, triar o que é pertinente, o que é proposta, o que afeta ou não a vida da gente, e votar com consciência, com reflexão, e deixar a emoção para os programas dos candidatos, pois tem muita coisa em jogo, tem quatro anos em jogo.

Vote com calma, de forma pensada, fria até, e vote com a certeza do seu voto fundamentada na análise do que é melhor para você e sua família.

Vote consciente!



Nem contra e nem a favor, muito pelo contrário...

Saindo um pouco da política paroquial, e indo até São Paulo, o quadro lá me lembrou um pouco do futebol gaúcho, onde desde sempre, a disputa é polarizada entre Grêmio e Inter, com uma ou outra exceção episódica e rara.

Pois bem, por lá, apesar da renhida batalha entre PSDB e PT, o azarão Celso Russomano ainda está na frente e os analistas acreditam que já tenha vaga garantida no segundo turno, para brigar com quem sobreviver na luta dos elefantes.

Será que por aqui teríamos a chance de ver algum caso similar? Não digo nesta, mas em alguma outra eleição? O novo, que mesmo sendo um novo com cara de velho, como é o caso de Russomano, sempre traz um apelo forte de mudança, a mudança pela mudança tem este poder indiscutível de galvanização.

O aparecimento de uma terceira vertente política com substância e apelo eleitoral, teria a capacidade de interromper este ciclo plebiscitário em que se transformou a nossa política, apresentando aquela velha, mas sempre válida colocação, de que nada foi tão ruim que mereça a execração pública e o banimento do cenário político e nem tão bom que determine a sua continuidade eterna.

Ou seja, nem contra e nem a favor, muito pelo contrário, não obstante, contudo, quem sabe...

Ou será que o nosso eleitorado está plenamente satisfeito e confortável com esta polarização?



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Peões de um jogo insano

Só para lembrar quem são os peões descartáveis neste jogo insano, quem é a carne que alimenta os canhões vorazes acionados nos gabinetes...




Das glórias mundanas

“Sic transit gloria mundi!”

A frase era utilizada no ritual das cerimônias da coroação papal até 1963. O recém escolhido papa partia da Basílica de São Pedro na Sede gestatória em procissão, que parava três vezes. Em cada ocasião, um mestre de cerimônias papal ficaria de joelhos diante do papa, queimando uma mecha de estopa e dizendo três vezes consecutivas, em voz alta "Sancte Pater, sic transit gloria mundi!" ("Santo Padre, assim passa a glória mundana!"). Estas palavras, dirigidas ao papa, serviam como um lembrete da natureza transitória da vida e das honras terrenas. (wikipedia)

Pois é, será mesmo? Não será um mero lembrete para que proclamemos uma humildade que não sentimos? No caso de muitos papas, com certeza foi apenas e somente uma espécie de confissão falsa de humildade não sentida.

E nós? Com certeza muitos de nós que até podemos repetir contritos a frase, percebendo ou não a extensão que ela tem, mas nossa vida é uma eterna luta pelas glórias mundanas, a sociedade nos impele a isto, somos medidos por elas, somos avaliados e aceitos ou não, por elas.

Sim, as glórias mundanas passam, mas deixam sempre uma enorme nostalgia que nos força na busca para gozá-las novamente. 

Somos humanos, admiramos e saudamos a elevação do espírito, mas vivemos das glórias mundanas.



Perguntar ofende sim...

Não sei se já notaram isto, provavelmente sim, mas a maioria das perguntas não pedem respostas. São afirmações em si só, determinam tomadas de posição, e quando muito, buscam confirmação de posições já decididas intimamente.

Dizem delas serem perguntas de retórica, é, pode ser, é uma boa definição, mas no fundo são perguntas que acusam, que de modo obliquo estabelecem um juízo de valor, maquiado de leve em um pudor que não se sente em acusar.

Nestes dias, nem a curiosidade saudável está a salvo daqueles, e são muitos, que possuem todas as certezas do mundo em si. No entanto, é só um engano repetido, que fecha as portas da possibilidade do aprendizado em favor de certezas pobres e da autoindulgência com a sua perplexidade não reconhecida.

Pois é, muitas vezes perguntar ofende sim, pois esta é a intenção não declarada e facilmente percebida, o resto é bordão gasto de programa humorístico...




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A última hora

Na última hora. Muitas coisas nos dão a impressão de terem acontecido na última hora. Mas o pior são aquelas coisas que passam alguns minutos da última hora, aquelas em que purgaremos para sempre o “se”, caso tivéssemos esperado só mais um pouco.

Mais um metro, mais uma braçada, mais 1 minuto, mais uma respirada a fundo, mais uma pequena reflexão, mais um momento.

Mas como poderíamos saber que o fim da estrada estava ali, logo depois daquela curva? Como poderíamos saber que aquele era o último obstáculo, como poderíamos saber que perderíamos a luta contra o tempo relativo de nossa ansiedade.

Só mais um pouco, só mais um minuto, só mais uma frase a ser dita, por só mais um minuto que pode valer ou teria valido por toda uma vida.

Depois só resta viver com o “se” tatuado na alma, sempre nos lembrando de que aquela ainda não era a última hora.




Uma pobre reprise...

A nossa política cada vez mais se assemelha a uma peça com roteiro de domínio público, de autores desconhecidos, que é encenada pela enésima vez, com pequenas alterações de cenário e com quase o mesmo elenco de sempre.

Na plateia, as claques organizadas e bem pagas para uivar elogios e impropérios de modo a sensibilizar os demais espectadores, cumprem com perfeição a sua parte, fazendo com que alguns iludidos pela gritaria tendam a tomar partido e fazer coro ao festival de desatinos, sob o olhar satisfeito do diretor e dos produtores.

E o restante do público assiste entre o incrédulo e pasmo ao mesmo repetido, à pobre reprise, com atores cansados e de olho só no cachê, esquecidos dos tempos em que emprestavam um pouco de suas vidas aos personagens que interpretavam.



Eleições ou guerra civil?

Meus amigos, que coisa, eu tinha passado um certo tempo sem ler com mais atenção o que estava rolando nas redes sociais nesta época eleitoral. Fiquei estarrecido com o nível de quase insanidade de alguns posts, réplicas e tréplicas que li, muito diferente do que está acontecendo nas ruas.

Isto é uma eleição ou uma guerra civil? Será que o distanciamento e o quase anonimato, em alguns casos de fake, o total anonimato, propicia este festival de agressividade e total falta de civilidade? Será que os próprios candidatos que estes pretendem defender, não percebem que isto só joga contra as suas candidaturas?

Calma pessoal é só mais uma eleição, importantíssima, fundamental para a nossa vida diária, mas é uma eleição e não uma declaração de guerra mútua! A vida continua depois do dia 7, com vencedores e vencidos tendo que conviver e interagir, ou será que estes mais exaltados pensam que os candidatos não sabem disto e que praticam esta atitude?

Se você duvida, é só analisar as diversas composições nas ultimas eleições, para entender que nada em politica é definitivo, que a arte do possível, como dizem, implica em conviver com o contraditório, em aceitar derrotas, lamber feridas e esperar o próximo embate.

Não sejam carne de canhão rifando amizades existentes e futuras, queimando-as na fogueira insana que não foi acesa por vocês, e quem o fez, só assiste divertido o fogo queimar e depois se necessário for, age como um providencial bombeiro e é saudado por isto, como sendo hábil e bom politico e os que se queimaram levarão um bom tempo e muito creme para curar as queimaduras.



domingo, 9 de setembro de 2012

Intuição

Então, não é que certas coisas que parecem estranhas, muitas vezes são mesmo. Coisas que parecem ser algo, muitas vezes são mesmo o que se imagina que possam ser. E tem coisas que mesmo que você não queira que assim sejam, mesmo que só pareçam ser estranhas, mesmo que não tenham significado algum além de sua duvidosa intuição, muitas vezes são mesmo.

A intuição é um aviso sutil, ardiloso, muitas vezes falso, só lembrado quando é justificado. Mas que funciona como uma armadilha da mente, que corrói as certezas, como a lembrar-nos que certezas são meras abstrações de convenções geradas por expectativas.

Intuição, convicção, razão e confirmação, são estágios nada excludentes conquanto processo e paradoxais isoladamente. Negam-se e se complementam, coexistem enquanto se afirmam e se justificam quando completos em um quadro imaginário que nunca pode prescindir da perspectiva sob pena de perder o sentido frágil que se dispõe a expor.

O exercício da intuição muitas vezes toma a forma de uma pergunta especulativa que nasce detestando a resposta, por mais que dela precise.



Destino confesso

Os rios podem ser majestosos ou humildes, mas inexoravelmente cumprem seu destino de desaguar no mar.

O que é inevitável pode ser prorrogado, atenuado, pesado e até medido, mas nunca evitado de todo.

O que é para ser será, não se trata de fatalismo, é mais uma questão de destino confesso.




Há 40 anos!

Tudo começou com ele...!


GP de Monza, chuva, vinho...

Pois é, outra grande corrida para quem gosta. Um Massa bem melhor do que na primeira parte do campeonato. Alonso com talento e sorte de campeão. Hamilton de ponta a ponta e como grande destaque, mais um show de Sergio Pérez da mediana Sauber.

De resto, foi bom ouvir os comentários sempre cautelosos e pertinentes do “pai” de todos os pilotos brasileiros que correram e correm nas categorias de ponta do automobilismo mundial, o grande Emerson Fittipaldi.

Galvão sempre Galvão e o sempre correto Reginaldo Leme tendo o seu dia de Galvão Bueno, visivelmente confuso nos comentários, mas tudo bem, ele tem muito crédito ainda.

A chuva tão esperada ajudou a regar este bom inicio de domingo para quem curte automobilismo, e agora é pensar no almoço e talvez trocar a cervejinha obrigatória dos últimos dias de sauna aqui na cidade por um vinhozinho, só para saudar a chuva e se despedir dos dias frios.

Um ótimo final de domingo para todos!




Sergio Pérez

sábado, 8 de setembro de 2012

Ninguém é uma ilha?

Dizem que ninguém é uma ilha.

Discordo, creio que somos um imenso arquipélago, formado por bilhões de ilhas, de todos os tamanhos e com infinitas ligações de todas as distâncias, espécies e formas.



 

Reta final

Depois de algum tempo, muitos compromissos e uma semana cheia, volto a manter a regularidade de sempre nas atualizações do blog. Obrigado aos caros amigos pela paciência e pelos comentários.

Mas voltando para a política daqui da terra, continuo bastante surpreso, e devo dizer que agradavelmente surpreso com o que vi. Por força de compromissos profissionais, confesso que pouca atenção tenho podido dar a esta campanha, ao contrário de todas as anteriores quando me envolvi diretamente.

A surpresa agradável a que me refiro, está no grau de civilidade, principalmente nas proporcionais, onde, fora as caneladas e cotoveladas de praxe, muitos candidatos estão preocupados em vender o seu peixe mais do que estragar o peixe dos outros.

Como vocês sabem, sempre existem duas formas de fazer campanha, uma é dizendo que sua proposta é muito boa e que o eleitor não vai se arrepender de colocá-lo na Câmara, e a outra, é a da escolha por exclusão, ou seja, ninguém presta, logo eu sou o melhor. E o pior de tudo, é que esta, por mais absurda que possa parecer a quem não é do meio, é muito usada e às vezes parece funcionar...

Espero que continue assim, com o foco maior na proposta, espero que voto consciente não seja só mais um slogan e sim uma atitude do eleitor e que disto resulte uma câmara de vereadores com independência para fazer o papel que todos esperamos dela.

Falta pouco agora, vamos torcer para que a ansiedade da reta final não comprometa o nível da campanha, ou melhor, não comprometa muito, pois sempre no final algumas asneiras geradas pelo desespero de quem se achava eleito e vê que não será bem assim, acabam acontecendo. 

Continuo apostando que deveremos ter uma renovação de mais 50% na Câmara, acredito que só fiquem os que de fato trabalharam bastante, que obtiveram resultados palpáveis e que consigam mostrar isto ao eleitor.


 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Independência: Uma conquista diária

Salve o Dia da Independência, que desde 1822 é proclamada todos os dias e por todos os brasileiros. A liberdade é fruto do exercício diário de afirmação de soberania e de cidadania de um povo que procura acreditar sempre que o futuro é quase hoje, um povo viciado na esperança. 

Somos todos um pouco aquele príncipe português um tanto sonhador, que num misto de interesse politico, revolta justa e até uma certa irresponsabilidade histórica, um dia rompeu os laços da tutela e embarcou numa aventura que nos trouxe até aqui, dando inicio a uma nação única, com povo único em sua multiplicidade, único em suas qualidades e defeitos.

Sou um brasileiro com muito orgulho em sê-lo e me dizer como tal.


 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Solução definitiva!

Já descobri o que fazer com meu carro velho e de estimação...

Que encomendar peças que nada, valeu google!


Meu quintal não é lata de lixo!

Meus amigos, eu compreendo que em períodos eleitorais, acontecem coisas que não se pode evitar, que fazem parte da época, são próprias dela. Mas algumas coisas poderiam e deveriam ser evitadas.

Uma delas são os “santinhos” de candidatos. Tudo bem que sejam importantes, e que devam ser usados e distribuídos, sem dúvida, mas de forma adequada. Sei que a culpa não pode ser atribuída diretamente ao candidato que não tem como controlar o que vou falar, tudo bem, mas não tenho culpa também e não quero ser penalizado.

Falo de enfiar “santinhos”, folhetos, jornaizinhos e outras coisas, embaixo do portão da minha casa. Vejam bem, não na caixa de correio, mas jogados por baixo do portão, de onde meus cachorros os pegam e se encarregam de espalhar por todo o pátio.

Todo o dia tem uns 5 ou 6, e já está irritando. Tem dois candidatos com especial predileção pelo meu portão ou prezam demais o meu voto, pois são “porcalhões” de frequência diária. Cheguei até pensar, e não descarto, que deve ser coisa de adversários deles, pois não é normal tanta assiduidade e desperdício de material, devem achar que moram 100 pessoas na minha casa, para mandar tanta porcaria para cá e todos os dias!

Mas tudo bem, até agora tenho limpado, mas de agora em diante vou começar a publicar o nome dos candidatos “sugismundos”, quem sabe, se algum deles ao ler o seu nome neste blog, avise seus cabos eleitorais e quem distribui seu material para que o coloquem no lugar próprio para tal, ou seja, a caixa de correspondência, pois o quintal da minha casa não é lata de lixo de promessas de candidatos.


 

Quando menos é mais, a roda já está boa...

Só para ficar nas proporcionais, por enquanto...

Gente, onde estão as propostas pontuais? Onde estão as propostas que cabem dentro das funções de um vereador? Tem gente que parece que entra numa loja com dinheiro para comprar um par de meias e encomenda um terno e sapatos, manda embrulhar, depois diz que não tem dinheiro para pagar e manda a conta para nós.

Se palavras gastassem, “saúde, educação, esporte e lazer”, teriam que procurar novas denominações, pois estas não mais existiriam. Ora, o que acham de explicar para nós pobres e incultos mortais, o que significa exatamente trabalhar pelas citadas, em que aspecto, de que forma, com que verba? Juro que vou tentar entender...

Um vereador que se preze, que respeite seus eleitores e cumpre corretamente seu mandato, já tem muito trabalho a fazer, não é necessário inventar novas atribuições e fazer promessas de prefeito, é só se restringir ao que é esperado de um vereador, que já sobram enormes responsabilidades e inúmeras possibilidades reais de influenciar a vida de toda uma comunidade. 

A roda já está boa assim mesmo, não é preciso reinventá-la, menos pessoal, menos para que todos possam ganhar mais.




Votar com consciência. Slogan de campanha ou atitude?

Tenho assistido aos programas eleitorais. Até aí normal, muita gente tem feito o mesmo, o curioso é que agora tem vários candidatos falando em voto consciente. Isto é bom, desde que se saiba o que significa.

Consciência de que? Consciência do correto papel do vereador? Consciência em relação à comunidade na qual está inserido e pretende representar?

E por aí vai, existem mais de uma dúzia de perguntas de teor similar sobre afinal o que significa esta tal de consciência, aplicada ao processo eleitoral.

E tem mais, desde que a RPC adotou a campanha do “Voto Consciente”, alguns descobriram mais este slogan e apressadamente o incorporaram em suas campanhas. Resta saber se de forma "consciente", ou para aproveitar a onda gerada pela mídia...

Não basta pedir consciência no voto, tem que explicar por que e em que, afinal votar com consciência deve ser fruto de reflexão e não de emoção, que deveriam ser opostos em politica, consciência não pode ser slogan vazio, tem que ter significado, razão e ser garantia de continuidade, pois ganhar o voto é tarefa de candidato para mais uns 30 dias, mas com consequências para você nos próximos quatro anos.

Vote consciente de que está tomando uma decisão que vai valer por 4 anos!




terça-feira, 4 de setembro de 2012

Cansaço...

Tem dias em que parece que acabou a corda mesmo, e tudo o que você gostaria no final do dia, era ser guardado no armário dos brinquedos não utilizados..., rssssss


Tecnologia avançada? Só se for nos comerciais...

Viva a tecnologia!

Quando funciona, quando não cai o sinal da net, quando não é lento, quando o celular não perde ligações e mensagens, e quando não perco a paciência de vez e vou morar em uma caverna, pois ao menos assim não tenho expectativas, ou melhor, não pago por expectativas ao invés de pagar por serviços que não são prestados...

Bem que estas empresas poderiam desviar um pouco da verba utilizada nos seus comerciais irritantes e "criativos" e destiná-la para a melhoria técnica dos serviços que dizem prestar!


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

30.000 - Mais um marco, muito obrigado!!

Mais uma vez muito obrigado queridos amigos que me privilegiam com sua leitura, nestes 3 meses e meio de existência, vocês levaram este blog aos 30.000 acessos.

Minha gratidão, carinho e até um pouco de perplexidade, mas sempre com muita satisfação pela gentileza de vocês!

Um forte abraço a todos!


 

Religião, futebol e política

Existem certos ditos populares que apesar de ainda serem muito repetidos já perderam a validade, se é que algum dia a tiveram.

Um deles, com variações de caso para caso, reza que futebol, religião e politica não se discutem. Ora, se discute sim e o tempo todo, se discute na mídia, em casa nos círculos familiares, nas redes sociais, em qualquer ambiente e de forma apaixonada.

Somos todos nós um pouco técnicos de futebol, teólogos amadores e analistas políticos diletantes. É lícito, é justo e é esperado, afinal são três temas que nos definem, nos inserem ou não nas diversas “tribos” que compõem nossa sociedade contemporânea.

A diferença está no fato de que em futebol e politica, os indecisos são uma parcela muito pequena, ínfima até, e na política não, e mais, religião e futebol pressupõem fidelidades duradouras e durante todo o tempo, sendo vistos com certa desconfiança àqueles que mudam de time ou fé religiosa.

Já na política, salvo os militantes de tempo integral, isto não acontece. Somente nas campanhas eleitorais é que se tornam mais visíveis as cores partidárias, e elas podem mudar e mudam com impressionante facilidade entre uma eleição e outra.

Nada contra, vejo até como fator positivo, caso contrario não haveria espaço para a renovação, para a mudança, diferentemente de futebol e religião, onde as mudanças e revisões de rumo tendem a ser mais endógenas e afetam aos fiéis e torcedores de suas denominações e agremiações, na política não, pois a medida do sucesso ou fracasso de uma ideia política afeta de forma completa e total toda uma sociedade.

Portanto, não consigo entender as cobranças indignadas por fidelidade e nem tampouco o patrulhamento ideológico xiita que alguns pregam nestes períodos, já que a mudança de posição e ideias é parte intrínseca e esperada devido à natureza do tema, e não creio que defina caráter de ninguém.

Acredito que a definição do caráter está no respeito ao contraditório e na livre opção de cada um, simples assim, ou ao menos eu acho assim.