Esta indefinição gerou grupos de contra e a favor na majoritária, com contornos indefinidos e mal delineados, determinando sérios e profundos reflexos na proporcional. É claro que nunca existe um total conforto, salvo alguma exceção para confirmar a regra, nestes grupos que tradicionalmente se unem nos períodos eleitorais. Os limites ideológicos dos partidos já foram para o brejo há muito tempo, portanto não falo deste tipo de expectativa, falo de interesses comuns e projetos de poder.
Estamos chegando na reta final desta campanha, e o que vejo, é uma disputa entre o “eu fiz e farei mais e” contra o “você não fez e eu vou fazer”, salvo uma ou outra proposta nova, sinto o cheiro e o gosto de comida requentada, tentando, sem muito empenho, passar-se por nova, recém-saída das panelas dos estrategistas políticos. E pior, muitas feitas em fogão velho, afinal mudança, alternância e continuidade, são fatos da política, exigem um complemento e não podem ser consideradas como plataformas isoladamente, faltam justificativas mais sólidas que o fato em si. A meu juízo falta muito "como","em que" e "por quê", para que sejam mais convincentes.
Coligações feitas a facão, algumas, e outras por desaforo político, determinaram “pernas” que nem se sustentam, quanto mais sustentar um corpo inteiro. Parece-me mais como um joguinho de futebol de final de semana, entre amigos e conhecidos, com os times escolhidos na hora e de forma aleatória, quando você pode até esperar lampejos de brilho individual, mas conjunto e táticas, só se o acaso permitir.
Ainda me valendo do futebol, fico com a dúvida: Como um time pode enfrentar uma maratona de jogos sem pré-temporada, sem treinos e com vagas instruções de última hora? Acho que sem conjunto, nem Messi e Neymar juntos dariam um jeito. Este é o problema que ocorre quando o técnico quer brilhar mais que os jogadores, o time e a torcida.

Um comentário:
Perfeita a colocação Adolpho, um grupo de eternos amigos se dividiram em dois blocos e foram para as eleições...
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