A tristeza pode ser corrosiva como um ácido, que vai fazendo o seu trabalho de dentro para fora. Começa devagar, quase imperceptível e aos poucos vai se alimentando de seu hospedeiro com uma voracidade insaciável.
E quando se instala, assim como a água toma a forma do vaso que a contém, ela assume a forma de quem a carrega, se incorpora, compartilha e finalmente absorve, e deixa de ser um estado de espírito momentâneo e se torna o próprio espirito em seu estado permanente.
Com tempo, as reações se pautam por ela, e o que era uma excepcionalidade se torna a regra, e a cada novo choque, ela que já nem era mais entendida, se retorce e grita, como um anzol na carne, ao ser puxada a linha da vida.
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