terça-feira, 11 de setembro de 2012

Perguntar ofende sim...

Não sei se já notaram isto, provavelmente sim, mas a maioria das perguntas não pedem respostas. São afirmações em si só, determinam tomadas de posição, e quando muito, buscam confirmação de posições já decididas intimamente.

Dizem delas serem perguntas de retórica, é, pode ser, é uma boa definição, mas no fundo são perguntas que acusam, que de modo obliquo estabelecem um juízo de valor, maquiado de leve em um pudor que não se sente em acusar.

Nestes dias, nem a curiosidade saudável está a salvo daqueles, e são muitos, que possuem todas as certezas do mundo em si. No entanto, é só um engano repetido, que fecha as portas da possibilidade do aprendizado em favor de certezas pobres e da autoindulgência com a sua perplexidade não reconhecida.

Pois é, muitas vezes perguntar ofende sim, pois esta é a intenção não declarada e facilmente percebida, o resto é bordão gasto de programa humorístico...




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