Costuma dizer-se, no jargão do futebol, que zagueiro que se preza considera como canela, tudo o que for da medalhinha pendurada no pescoço, para baixo, ou seja, para tirar o perigo de gol na área, vale tudo, menos homicídio com testemunha...
Pois é, tem momentos em que política e futebol são mais ou menos a mesma coisa, se resolver, a coisa fica nos encontrões e caneladas cientificamente aplicadas, além de umas cotoveladas, quando o juiz olha para o outro lado. Mas às vezes, não tem jeito, é preciso fazer a falta, calcular o risco e derrubar o adversário, parar a jogada e correr o risco da cobrança perto da área mesmo, e torcer que o jogador adversário não esteja com a pontaria nos seus melhores dias.
Ah, faz parte também, colocar a mão no peito, olhar com ternura de mãe extremosa para o árbitro e jurar que não fez nada, que mal encostou no jogador, que ele costuma cair a cavar faltas só de você chegar perto, assim como o Neymar...
É, mas tem o troco, o outro time também conhece este expediente e usa, nas mesmas condições e na mesma intensidade, se julgar necessário. Vence o mais duro, o mais rápido, o que consegue convencer melhor o juiz, o que conta com um cobrador de faltas mais qualificado, e principalmente o que tem mais sorte, fator decisivo que é menosprezado no planejamento, mas avidamente esperado na execução de qualquer coisa.
Como diria um sábio filósofo das ruas: Quem entendeu, entendeu, quem não entendeu, deixa quieto...
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