sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Das decepções...

Decepções são um fato corriqueiro da vida, quem não as teve, tem ou terá? Elas são inevitáveis, são fruto de expectativas, que surgem espontaneamente ou são derivadas de reflexão. Não se pode evitar, no máximo administrar. E como são muito desagradáveis, vão aos poucos minando a nossa capacidade de confiar no próximo, nos empurrando para a posição de cínicos irrecuperáveis com o passar do tempo.

E quando estas decepções são levadas para o terreno da política e políticos, onde a expectativa é consideravelmente menor, a coisa ainda pega mais, porque elas tendem a ser coletivas e geram, obviamente, tendências irreversíveis de repúdio geral à classe e ao tema.

Existem políticos que se conhece por um bom tempo, convivemos com ele até algumas vezes em termos pessoais, e de repente, diante da possibilidade de mudança de status, acesso ao poder, por exemplo, ele tem seu comportamento radicalmente alterado. 

Isto leva a dois tipos de consideração, nenhum deles agradável, um, é o de que você não o conhecia tão bem quanto julgava e o outro, mais amplo e perigoso, é que se mesmo antes de um fato consumado, diante apenas de uma possibilidade, o comportamento é este, como o seria na eventualidade de que este fato se realize?

Será que uma ilusão particular, que pode vir a se tornar coletiva? Vale a pena pagar pra ver? 

É amigos, vivemos, vivemos e continuamos prisioneiros eternos de nossas expectativas.



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