quarta-feira, 8 de agosto de 2012

E o direito a trabalhar em paz?

Não posso, não quero e nem vou discutir os méritos das greves que estão paralisando a nossa fronteira, muito menos o direito a elas. Só pergunto sobre o direito ao trabalho, ao ganha-pão de quem precisa se deslocar de um país para o outro aqui na nossa fronteira.

Não falo das atividades ilícitas que eventualmente possam ocorrer na fronteira e que ocorrem, estas tem que ser reprimidas, falo de quem mora de um lado e trabalha no outro, de quem adquire produtos no Paraguai e paga os impostos devidos na aduana, e que com isto gera empregos na cidade vizinha para um significativo número de brasileiros, de iguaçuenses.

Pergunto também se a nossa aduana não está completamente esgotada, anacrônica na sua capacidade de atendimento, pois se ao executar-se uma atividade de fiscalização, que é denominada como “padrão”, portanto teoricamente desejável, ou obrigatória até, acaba por transformar a Ponte da Amizade em um inferno sem nome.

Respeito muito o direito a greve, mas acima de tudo, respeito mais ainda o direito ao trabalho, cada dia mais escasso, como se já bastassem os nossos problemas, ainda somos palco e pauta dos problemas dos outros...


 


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