domingo, 5 de agosto de 2012

Preguiça e preguiçosos...

A preguiça é uma arte. Aliás, o exercício impune da preguiça é uma arte. Você precisa ser muito criativo para ser um preguiçoso profissional, precisa de muito talento para se esquivar de tarefas, mas sempre com o cuidado de delegá-las para alguém, senão será notada a falta da mesma.

Ser preguiçoso exige raciocínio rápido, respostas convincentes, e principalmente uma enorme capacidade de saber desligar a tomada dos compromissos e ter o talento de se refugiar no quarto do nada e gozar o ócio sem nenhuma outra distração que não o próprio ócio.

Ser preguiçoso não é ter um hobby e privilegiá-lo ao trabalho, um preguiçoso que se preze não tem hobby algum, pois tem preguiça de tê-lo. O preguiçoso invariavelmente é bem humorado, se não por personalidade ou pela ausência de trabalho, ao menos porque é muito difícil explicar o mau humor, pois mau humor gera perguntas e perguntas dão muito trabalho para responder.

Ah, e por último, um preguiçoso nunca pode ser chato, pois chatos incomodam e são notados, e um preguiçoso profissional é sempre invisível.

Então viva o domingo, dia mundial da preguiça, celebrado semanalmente, faça chuva ou faça sol, que para um bom preguiçoso só faz diferença se ele está na rede ou no sofá.

E aproveito para dedicar esta nota a todos os candidatos e cabos eleitorais que neste dia tão sagrado estão se dedicando com afinco a encher o saco dos eleitores. Mas vou rir agora, enquanto posso, pois nos próximos quatro anos, eles é que vão rir de nós...




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