sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Castigo e resposta

O grande Miguel de Cervantes, autor do segundo livro mais lido na história da humanidade, “Dom Quixote”, cunhou uma frase que, além de muitas outras, creio que valha uma reflexão cuidadosa.

Disse Cervantes: “Contra o calar não há castigo nem resposta.”

Curioso, verdadeiro, mas triste. Triste porque evidencia a omissão. Sem perguntas, sem questionamentos, sem castigos, não existem respostas, não existem mudanças, não existe risco e nem recompensa.

A vida e suas coisas, como se diz, não é justa e nem se pretende ser, e tampouco alguém assim prometeu, alguém que pudesse sustentar com propriedade esta afirmação, ou garanti-la.

Ontem postei uma frase sobre um “Mundo Perfeito”. Pois bem, acredito que no avanço ou recuo de nossas fronteiras reside o delicado e precário equilíbrio entre sanidade e insanidade, pois não são atitudes conscientes, nem fruto de percepção própria, são reflexos de comportamento, são circunstancias de espelho côncavo.

Na opção entre o risco do castigo e a falta de resposta, aceito o castigo.


 

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