domingo, 1 de julho de 2012

Muito

Muito, filho fértil do único, definição de medida desmedida, plural potencializado que potencializa o plural, conceito poético do não mensurável, antítese pródiga do pouco mesquinho. Fartura fácil, negação barata do raro, coletivo dos sonhos.

Se em tudo o muito é mais, no pouco se multiplica e se perde e se abastarda. Nas coisas se agiganta, para nelas perder sua essência e se perder na multidão dos poucos, filhos severos do único raro. Viva o muito que redime, iguala, democratiza e distribui, desde que muito não seja só uma característica de pouco.


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